PIB de Angola cresceu 4,6 por cento no primeiro trimestre de 2024

Luanda – O Produto Interno Bruto (PIB) de Angola cresceu 4,6 por cento, no primeiro trimestre do corrente ano, indica a Folha de Informação Rápida do Instituto Nacional de Estatística (INE).

De acordo com a informação, divulgada esta quarta-feira, este é o maior crescimento registado desde 2015, em todos os sectores da economia, facto que indicia uma recuperação robusta e a eficácia das políticas económicas até agora implementadas.

Saliente-se que o PIB é a variável económica que contabiliza todos os bens e serviços produzidos num determinado país, incluindo a produção de empresas nacionais e estrangeiras, sem ter em conta o rendimento de instituições e individualidades que operam em outros países.

O relatório de contas da Folha de Informação Rápida do INE aponta que o sector petrolífero cresceu 3,5 por cento, devido a estabilidade nos preços internacionais do petróleo e o aumento da produção nacional, o que fortalece a base económica do país, mas mantém a dependência contínua ao produto, pelo que mantém-se a necessidade de diversificação da economia.

O sector agrícola registou, no mesmo período, um crescimento de 6,2 por cento, fruto das iniciativas do Governo de apoio à agricultura familiar e a implementação de novas tecnologias na actividade, um factor crucial para a segurança alimentar e redução da dependência das importações.

Por seu lado, o sector industrial apresenta um crescimento de 4,8 por cento, tendo contribuído, para o efeito, o aumento na produção de manufactura e nas actividades de construção, impulsionadas por investimentos em infra-estruturas.

O crescimento industrial, adianta a informação, implica directamente na criação de emprego e desenvolvimento de competências, essenciais para a sustentabilidade económica do país.

Os dados apontam que o sector de serviços apresenta um crescimento de 5,1 por cento, devido as melhorias nos serviços de telecomunicações, digitalização crescente e recuperação do turismo e hospitalidade.

O INE recomenda a manutenção dos investimentos em infra-estruturas, como suporte crucial para sustentar o crescimento industrial e atrair novos investidores privados.

Outra recomendação prende-se com os incentivos à inovação tecnológica, com foco na digitalização e na adopção de novas tecnologias em todos os sectores, para aumentar a produtividade e a competitividade.