Inflação em Angola fixou-se em 31 por cento em Junho de 2024

Luanda – A inflação em Angola subiu em Junho último e atingiu uma variação homóloga de 31 por cento, estimulada sobretudo pela subida dos preços na alimentação e bebidas, segundo o Instituto Nacional de Estatística (INE).

Esta é a décima quarta subida consecutiva e é a mais elevada desde Maio de 2017, representando um acréscimo de 19,75 pontos percentuais, em relação a taxa observada em igual período do ano anterior, refere a Folha de Informação Rápida (FIR) do Índice de Preços no Consumidor Nacional (IPCN), divulgada esta segunda-feira pelo INE.

A classe alimentação e bebidas não alcoólicas foi a que mais contribuiu para o aumento do nível geral de preços, com 1,33 pontos percentuais, seguida dos dbns e serviços diversos, com 0,19, saúde e vestuário e calçado, com 0,11 pontos cada e hotéis, cafés e restaurantes, com 0,08 pontos percentuais.

Em termos mensais, os preços no consumidor aumentaram 2,07% em Junho, o menor aumento desde Julho de 2023, após uma subida de 2,49 por cento, em Maio passado.

Os aumentos de preços mais significativos foram observados nos cuidados de saúde, vestuário e calçado, bens e serviços diversos, hotéis, cafés e restaurantes e alimentação e bebidas não alcoólicas.

Em Luanda, a inflação situou-se em 42,82 por cento, um acréscimo de 31,46 pontos percentuais em relação ao período homologo, e registou uma variação de 2,58 por cento relativamente ao mês anterior.

O Índice de Preços no Consumidor Nacional mede a variação ao longo do tempo do custo de um cabaz de 12 classes de bens e serviços cuja componente mais importante são os produtos alimentares e as bebidas não alcoólicas, que representa 56 por cento do peso total.

O aumento persistente dos preços em Angola reflecte a desvalorização do kwanza e o impacto da retirada gradual dos subsídios aos combustíveis, associada às dificuldades na disponibilidade de divisas, constatam fontes credíveis que acompanham a actividade económica e financeira de Angola.