DIAMANTES
Angola tem reservas de diamantes estimadas em 732 milhões de quilates
13/09/2024 13h24
Luanda - Angola estima em 732 milhões de quilates a sua reserva de diamantes, que pode render ao Estado 140 mil milhões de dólares, ao preço médio de 200 dólares, deu a conhecer, esta quinta-feira, a Endiama.
Segundo o director de Operações Mineiras e Gestão de Participações da Empresa Nacional de Diamantes de Angola (Endiama), Miguel Vemba, destacou o potencial do país, frisando que actualmente as reservas estão mais de 90 por cento em depósitos primários.
Miguel Vemba, que falava à imprensa à margem da décima Semana Africana de Engenharia da UNESCO da Conferência Africana de Engenharia, que termina esta sexta-feira, em Luanda, considerou necessário encontrar mecanismos eficientes para recuperar o valor de tais reservas, citando o recurso à inteligência artificial.
Salientou que só com esta nova tecnologia se vai conseguir aumentar consideravelmente as reservas, diminuindo o tempo que se leva a fazer os estudos, destacando que também as novas tecnologias, com equipamentos de maior capacidade, podem facilitar as operações.
Miguel Vemba anunciou ainda que a Endiama poderá avançar, no próximo ano, para produção própria, deixando de depender simplesmente das suas participações, com dois projectos em fase de prospecção.
Trata-se dos projectos de Luachimba, em fase bastante avançada, que deverá, em 2025, entrar em produção piloto, e Xamacanda, também com bastante potencial, ainda em fase de estudo e recolha de informação, revelou.
Angola é o quatro maior produtor mundial de diamantes brutos, com uma produção industrial de 9,8 milhões de quilates, em 2023, nas províncias da Lunda Norte, Lunda Sul, Bié, Cuanza Sul e Malanje.
No primeiro semestre do corrente ano, o país produziu 5,6 milhões de quilates, um aumento de 36 por cento comparativamente a igual período de 2023, ano em que registou uma produção total de 4,1 milhões de quilates.