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Angola está a criar estratégias para proteger diamantes naturais

Diamantes lapidados
Diamantes lapidados Imagens: DR

Redacção

Publicado às 11h02 18/10/2024

Luanda - O ministro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, Diamantino Azevedo, assegurou, quinta-feira, em Luanda, que estão a ser criadas estratégias para a protecção dos diamantes naturais, face ao crescimento dos sintéticos.

 O governante falava à imprensa, à margem da Reunião do Comité Ad-Hoc de Revisão e Reforma de Certificação do Processo Kimberley, tendo realçado que a estratégia passa por evitar a exploração ilegal, a participação de crianças nesta actividade, bem como a imigração ilegal e branqueamento de capitais.

Disse que o pretende-se também que toda a actividade produtiva à volta do diamante natural seja feita com transparência e com respeito ao ambiente, considerando ser preciso fazer uma boa promoção do diamante natural, pois, "as pessoas precisam saber como é que o diamante é produzido".

"Estarmos a implementar o sistema de rastreamento dos nossos diamantes e assim conseguirmos manter o preço do diamante natural a um nível que continue a ser rentável à sua exploração", frisou.

Segundo o JA, o ministro afirmou no encontro foram abordados todos os aspectos referentes não só ao sistema de certificação de diamantes do Processo Kimberley, mas sobre o mercado mundial do diamante, os aspectos referentes à estabilidade dos diamantes, as sanções contra os diamantes russos que o G7 instaurou, bem como a realidade actual dos diamantes sintéticos e como é que todos em conjunto podem trabalhar para a protecção e promoção dos diamantes naturais.

"Tendo em conta a importância que Angola tem no mercado mundial de diamantes naturais e todo o potencial que temos, podemos continuar a produzir diamantes por muitos mais anos", referiu.

Acrescentou que, no encontro, o Ministério deu a conhecer as medidas que estão a ser tomadas para não só continuar a procurar e explorar diamantes, mas também a lapidar os diamantes, fazendo com que se acrescente mais valor ao país.

Para além das relações que o Ministério tem com empresas internacionais, tanto pequenas, médias e grandes, como é o facto do retorno da De Beers a Angola, pela primeira vez, a multinacinacionqal Rio Tinto, assim como o que se tem feito a nível da formação dos técnicos nacionais, não só na parte de exploração e produção, mas também no corte e polimento de diamantes.

Diamantino Azevedo lembrou que o lançamento da Caixa Social da cidade mineira de Catoca é um exemplo real de como o diamante pode melhorar a vida das pessoas, não só das que trabalham neste sector, mas de todos os outros.

Por seu lado, o presidente do Processo Kimberley, Ahmed Bin Sulayem, afirmou que os diamantes sintéticos são uma realidade, mas não devem ser comparados aos naturais por possuírem propriedades próprias, e uma qualidade única, tendo sublinhado que a aplicabilidade dos diamantes sintéticos é nas indústrias, no fabrico de semicondutores e outras utilidades.

Disse ser preciso arranjar mecanismos para contrapor essa tendência, tendo acrescentado que em Novembro vai decorrer outro encontro no Dubai onde irão aflorar aspectos dessa natureza.

"Existe uma boa oportunidade para a protecção dos diamantes naturais, por isso, os produtores e o mercado devem estar em sintonia e arranjar sinergias para que os benefícios sejam repartidos de forma equitativa", referiu.

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