PETRóLEO

Vice-Presidente da República defende equidade de género nos petróleos

Vice-Presidente da República, Esperança da Costa (arquivo) - DR
Vice-Presidente da República, Esperança da Costa (arquivo)Imagem: DR

11/10/2024 13h09

Luanda - As empresas petrolíferas, de gás e minerais, que actuam em Angola, foram encorajadas, pela Vice-Presidente da República, Esperança da Costa, a analisar com rigor todas as barreiras ao emprego das mulheres e a adoptar estratégias para alcançar a equidade.

Esperança da Costa falava, esta quinta-feira, na abertura de uma conferência dedicada às mulheres dos sectores de mineração, petróleo e gás em Angola (Women in Mining, Oil & Gas), que decorreu em Luanda.

De acordo com o Portal do governo, a Vice-Presidente da República revelou que as estimativas da agência reguladora no país e de outros actores apontam que as mulheres representam apenas cerca de 14 por cento da força de trabalho nos sectores do petróleo e gás e quatro por cento em cargos de liderança.

Para melhorar os indicadores, encorajou as empresas e demais operadores dos sectores mineiro, petrolífero e do gás a envidarem mais esforços para uma maior participação das mulheres.

“O Executivo confere especial atenção à equidade de género, considerando-a não apenas uma questão de princípio, mas um direito humano fundamental”, adiantou a Vice-Presidente da República, alertando que o apelo não deve ser encarado apenas como uma acção para cumprir indicadores, mas pelo facto de as mulheres terem provado serem capazes de transformar as organizações, com perseverança, espírito de solidariedade e elevada responsabilidade.

Recordou que o país já teve uma ministra dos Petróleos com um desempenho notável.

Fez saber que consta da agenda de governação um conjunto de políticas que visam a promoção da diversidade e equidade, estando actualmente registadas mais de 40 por cento de mulheres na vida política e de liderança.

No âmbito da diversificação da estrutura económica nacional, enfatizou, o Executivo iniciou um conjunto de reformas profundas no sector, consubstanciadas numa agenda dinâmica, incluindo no seu quadro regulador, com vista a promover e facilitar o investimento na produção de petróleo, gás e biocombustíveis.

“Não foram só as reformas de operadores locais e produtores regionais, como também de operadores internacionais independentes, tornando o sector mais robusto, gerador de mais emprego para os jovens e mais competitivo”, acrescentou.

Na conferência, que visa destacar o contributo positivo das mulheres no desenvolvimento das indústrias de mineração, de petróleo e do gás, Esperança da Costa disse que as barreiras institucionais e específicas do género continuam a impedir o empoderamento das mulheres e a sua plena participação na sociedade e na indústria.

A Vice-Presidente lamentou o facto do número de mulheres que se licenciam em Ciências, Tecnologia, Engenharia e Matemática ter diminuído, nos últimos anos, numa altura que os empregos nestas áreas são importante factor de inovação e crescimento.

Para incentivar a adesão ao curso, o Executivo aumentou o número de bolsas com uma percentagem elevada para as mulheres.

Por sua vez, o secretário de Estado para os Recursos Minerais, Jânio Victor, reconheceu que, nos últimos anos, as mulheres têm assumido cargos de liderança, resultante da sua competência, resiliência e visão do futuro.

Destacou ainda que, ao longo dos anos, as mulheres têm mostrado que são importantes para impulsionar o desenvolvimento sustentável no sector da mineração, petróleo e gás, crucial para a economia nacional.

A conferência reuniu líderes da indústria, especialistas, entidades governamentais, profissionais, estudantes e mais de dez Associações de Mulheres na indústria de mineração, petróleo e gás de mais de 15 países, para debater a igualdade de género, promover a voz das mulheres, o acesso a oportunidades e liderança.

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