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BNA garante que vai trabalhar para a estabilidade dos preços

Sede do BNA em Luanda - Divulgação
Sede do BNA em LuandaImagem: Divulgação

28/10/2024 12h53

Luanda - O governador do Banco Nacional de Angola, Manuel Tiago Dias, realçou a estabilidade dos preços e do sistema financeiro nacional como as principais metas da sua missão para manter o ritmo de desaceleração da inflação.

Segundo JA online, a responsável fazia o balanço da actividade desenvolvida em Washington (EUA), no período de 21 a 26 de Outubro, tendo sublinhado que a inflação foi dos temas que dominaram as reuniões em que a equipa do BNA participou, nas quais apresentou o quadro geral do país.

Após os encontros, disse que a inflação global está a sofrer uma redução, apesar de permanecer num nível relativamente elevado, e que a recomendação aos bancos centrais foi de manter políticas monetárias restritivas, sobretudo em países com taxas de inflação de dois dígitos.

Em relação a Angola considerou também uma tendência de redução a partir do mês de Agosto em relação ao período homólogo, sendo que esta tendência deve permanecer nos próximos meses, desde que haja uma coordenação entre a política monetária, através do controlo da liquidez em circulação na economia, e a oferta de bens e serviços.

Tiago Dias frisou que, ao tomar medidas de política monetária, o banco central avalia os efeitos que terão sobre a estabilidade dos preços e do sistema financeiro nacional.

Além disso, também presta atenção ao comportamento real da economia, sobretudo no que diz respeito à produção de bens essenciais de consumo, uma vez que os alimentos são os que mais contribuem para o aumento dos preços na economia nacional.

O Aviso 10, do Banco Nacional de Angola, e outros instrumentos, visam incentivar um aumento na produção de bens, segundo o governador.

Ao ajustar a oferta e demanda por bens alimentares, aliada às medidas de política monetária, que devem ser tomadas pelo Banco Central, os requisitos para a redução contínua do ritmo de crescimento de preços na economia serão reforçados.

O responsável disse ainda que, quando a produção de bens e serviços estiver no patamar da demanda, haverá um equilíbrio da taxa de câmbio, uma vez que não será necessário recorrer de forma excessiva às importações para suprir o déficit de produção interna e de serviços.

O governador explicou que, após uma análise das operações pendentes no sistema bancário que dizem respeito à importação de produtos alimentares e medicamentos, o BNA colocou 250 milhões de dólares à disposição dos bancos.

A colocação de divisas contribuiu de forma significativa para uma melhor manutenção da taxa de câmbio em níveis aceitáveis.

Em relação ao repatriamento de capitais, afirmou que o tema está previsto na Lei do Investimento Privado.

No quadro da liberalização do mercado cambial, este tópico também está relativamente liberalizado.

As empresas que desejam repatriar os seus capitais de Angola para outro país devem entrar em contacto com os bancos comerciais para o efeito, desde que sejam cumpridos os requisitos, como a liquidação das obrigações fiscais que as empresas têm com o Tesouro.

Sobre as reservas internacionais, disse que estão estimadas em 14,9 mil milhões de dólares, e dão conforto ao país, uma vez que a tendência de reforço da sua posição deve se manter até ao final do ano.

Este procedimento ocorrerá sempre que os preços do petróleo estiverem em níveis superiores aos estabeleci-dos no Orçamento Geral do Estado. A acumulação de excedentes permite lidar com eventuais problemas futuros, como uma queda no preço do barril de petróleo, a principal commodity de exportação do país, segundo o governador do Banco Central angolano.

A equipa técnica do BNA esteve presente em diversas reuniões em que foram discutidos vários temas  sobretudo, a produção de notas e equipamentos que estão relacionados ao meio circulante e à inflação.

Durante esses encontros, foi enfatizado o bom momento económico angolano, com o crescimento do Produto Interno Bruto, e a queda no comportamento dos preços, a partir de Maio.

As reuniões anuais do grupo Banco Mundial e do Fundo Monetário Internacional reúnem líderes influentes de governos, empresas e organizações internacionais, sociedade civil e academia, em busca de soluções para desafios de desenvolvimento económico e sustentabilidade que o mundo enfrenta.


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