Economia real beneficia de 1,5 biliões de kwanzas de crédito


Luanda - O crédito bruto ao sector real da economia atingiu 1,5 biliões de kwanzas, no período de Janeiro a Setembro do corrente ano, revelou, esta quarta-feira, o governador do Banco Nacional de Angola (BNA), Manuel Tiago Dias.
Ao discursar na abertura do seminário promovido pela Associação Angolana de Bancos (ABANC), em parceria com a Associação de Seguradoras de Angola (ASAN), subordinado ao tema "Financiamento de Cadeias Produtivas Agrícolas e Segurança Alimentar", adiantou que foram mais 145 mil milhões de kwanzas, em relação ao mesmo período do ano transacto.
No período em referência, os créditos específicos para a produção de bens da cesta básica e outros produtos essenciais totalizaram 1,2 biliões, que possibilitou a cobertura de 940 operações, representando 17 por cento do total da carteira de crédito dos bancos comerciais.
De acordo com Manuel Tiago Dias, este "crescimento significativo reflecte a confiança das instituições financeiras e o compromisso contínuo com o desenvolvimento dos sectores produtivos", na perspectiva de que a melhoria no ambiente de negócios nacional, em particular no agronegócio, "está directamente associada à implementação do Aviso 10/2022, de 06 de Abril".
Salientou que o momento é marcado por um abrandamento no ritmo de crescimento dos preços de bens e serviços na economia, sendo que a inflação mensal se situou em 1,55 por cento, em Outubro, de acordo com os dados publicados, esta terça-feira, pelo Instituto Nacional de Estatísticas (INE), período em que a inflação homóloga caiu para 29,17 por cento".
Reconheceu que a continuidade do financiamento ao sector produtivo "é fundamental para consolidar a estabilidade económica e promover o crescimento sustentável que Angola almeja", assente no crescimento da produção interna com meta na redução das importações, permitindo alcançar a relativa contribuição para a segurança alimentar em Angola.
"Temos observado a implementação de instrumentos normativos regulatórios, mas as nossas acções não se limitam a directrizes para as instituições supervisionadas, também visam fortalecer e criar estruturas institucionais em prol da implementação de políticas robustas articuladas, de forma a promover a integração de diversos operadores da sociedade", adiantou.
Concluiu ser necessário "tornar o nosso sistema financeiro mais inclusivo, por meio de operações que envolvam, entre outros, bancos comerciais, seguradoras, avaliadores e contabilistas, com foco central nos promotores empresariais".