FINANçAS

Ministério das Finanças reforça presença no mercado cambial

Notas de dólares  - DR
Notas de dólares Imagem: DR

15/11/2024 14h09

Luanda - O Ministério das Finanças reforçou a sua presença no mercado cambial com a colocação, no terceiro trimestre do ano em curso, de cerca de 1,1 mil milhões de dólares no circuito monetário.

 No período, as vendas do Tesouro Nacional cresceram mais do 100 por cento, quando no acumulado do ano valor é de 2,5 mil milhões de dólares. Portanto, 66 por cento acima dos cerca de 1,5 mil milhões colocados em 2023.

Segundo o JA Online, que cita o site do Ministério das Finanças, o Banco Angolano de Investimento (BAI), Banco KEVE e o Banco de Fomento Angola (BFA) foram os que mais durante o terceiro trimestre, com quotas avaliadas em torno dos 23, 19 e 18 por cento, respectivamente do valor total disponibilizado.

Dados apurados indicam que, do total em oferta em 2022, o Tesouro Nacional havia colocado 35 por cento, essa percentagem baixou para 15 por cento em 2023 e agora voltou a subir um pouco para 18 por cento em 2024.

Comentando a informação, o economista Garcia Cabuico considera que embora o Ministério das Finanças não seja um fornecedor que o mercado deve contar como regular, a presença do Tesouro Nacional no sistema monetário é importante para amortecer o crescimento do backlog e suavizar a pressão no valor do kwanza que tendo ganhado algum terreno no início de Outubro.

"A moeda nacional está agora a ser negociada perto dos 909 por dólar, o que comparando com o paralelo perfaz um gap de 23 por cento, indicando que o mercado ainda opera em desequilíbrio relevante", sublinhou o também consultor.

Afirmou que a oferta regular de divisas na economia quer por parte do Tesouro Nacional quer do BNA e pela via da plataforma blomberg, o mercado cambial vai se tornar mais equilibrado, tendo como consequência a baixa de preços dos produtos da cesta básica.

"A esta altura do ano, o preço dos principais produtos básico já estariam a baixar em várias superfícies comerciais para aliviar a pressão das famílias em função da aproximação da quadra festiva", frisou.

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