Luanda - O lançamento da primeira pedra para o início da construção de uma fábrica de cimento e clínquer. em Benguela, aconteceu na sexta-feira, em acto assistido pelo ministro da Indústria e Comércio, Rui Miguêns.

 A fábrica, segundo o JA Online, é uma iniciativa privada da empresa SLN – FCCB, S.A. avaliado em 170 milhões de dólares, que deve ser construída na Zona Industrial da Catumbela, por um período de 15 meses.

O projecto tem capacidade para produzir 3.500 toneladas de cimento por dia, o equivalente a um milhão e 200 mil toneladas de cimento por ano, e prevê criar mais de mil postos de trabalho directos a nacionais e expatriados.

Na ocasião, o governante considerou o novo investimento fundamental não só para reforçar a capacidade de produção deste produto e cobrir a procura, mas também para reafirmar a confiança dos investidores privados no país.

“Nós nessa altura temos uma boa parte da nossa demanda coberta, mas é preciso dizer que o país está e vai crescer mais e, portanto, qualquer adição da capacidade de produção é muito impor- tante”, afirmou.

Por eu lado, o accionista do projecto, João Gourgel, explicou que o mesmo, que começou a ser desenhado há cerca de 20 anos, está a ser construído com fundos próprios, “mas não está posta de parte a hipótese de recorrermos a determinado financiamento”, cujos contactos junto de alguns bancos comerciais angolanos já estão em curso.

A entrada em funcionamento da fábrica, que é a terceira na província, poderá acontecer entre Junho e Julho de 2026 e, de acordo com o responsável, o grupo pretende exportar parte da produção.

Salientou que o projecto viu a luz do dia porque teve a felicidade de encontrar uma empresa, que é a WIHL (West Internacional Holding) da China, um parceiro do grupo, cujo responsável tem estado com o promotor da iniciativa desde 2018.

O governador provincial de Benguela, Manuel Nunes Júnior, afirmou que o lançamento da primeira pedra de construção de uma fábrica de cimento e de clínquer, em Benguela, é sinal de que a região está a dar passos certos para a retoma do papel que sempre teve na estrutura da produção industrial do país.

Com este investimento, sublinhou, Angola poderá exportar este produto, tirando vantagem do Corredor do Lobito, abastecendo os mercados internacionais, sobretudo os africanos, e contribuir para a melhoria da balança de pagamentos do país.

 

Em Novembro do ano passado, foi lançada a primeira pedra para a construção de uma fábrica de soda cáustica, lixívia e ácido clorídrico, no município da Baía Farta.

Para o governador, os últimos acontecimentos sinalizam que a província está a dar passos certos para a retoma do papel que sempre desenvolveu na estrutura da produção industrial do país, acrescentando que esta aliança estratégica entre o sector privado, “como é este que presenciamos”, e o Estado é fundamental para que o país consiga os seus objectivos de diversificação da economia.