Luanda – A segunda fase do Programa de Fortalecimento da Protecção Social “Kwenda” vai beneficiar de cerca de 400 milhões de dólares, disponibilizados pelo Banco Mundial, anunciou, esta quinta-feira, em Luanda, o ministro da Administração do Território, Dionísio da Fonseca.

Ao falar no encerramento da apresentação pública do relatório da avaliação do impacto do programa "Kwenda", no período 2020-2024, Dionísio da Fonseca adiantou que o financiamento da segunda fase, até 2029, traduz a boa relação que o Governo angolano tem com o Banco Mundial.

Solicitou que os governadores provinciais se envolvam na segunda fase do “Kwenda”, apoiando os membros do Instituto de Desenvolvimento Local (FAZ), pelo trabalho de complementaridade que continuarão a dsenvolver.

O director-geral do FAS, Belarmino Jelembi, deu a conhecer que, nesta segunda fase, o “Kwenda” vai dar maior atenção a novos temas, como a nutrição e acompanhamento à primeira infância, por serem aspectos fundamentais no desenvolvimento da população.

Belarmino Jelembi disse ser necessário um maior reforço da inclusão produtiva e fortalecimento do cadastro único, bem como continuar a observar os mesmos princípios fundamentais do programa, nomeadamente rigor metodológico, disciplina na operação, transparência na gestão dos recursos públicos e parcimónia no gasto público.

Sublinhou que a primeira fase do “Kwenda” permitiu levar esperança às famílias em situação de pobreza e vulnerabilidade, realizar direitos e promover o bem-estar, tendo ficado evidente que a prioridade era construir a credibilidade do programa e ganhar confiança dos envolvidos e da sociedade.

Revelou que foram mobilizados cerca de três mil 700 agentes de desenvolvimento comunitário sanitário e 300 supervisores, além de 240 técnicos, que trabalharam em mais de 14 mil aldeias, “casa a casa levando esperança”.

De acordo com o ministro da Administração do Território, foram realizadas quatro auditorias financeiras, duas de aquisições, uma interna de pagamentos, além da fiscalização do Tribunal de Contas, diversos actos inspectivos da Inspecção Geral da Administração do Estado e do Serviço Nacional de Contratação Pública.

O Programa “Kwenda” foi aprovado, no segundo semestre de 2019, e iniciou as suas operações, em 2020.

BM enaltece eficácia do “Kwenda”

Por seu lado, o representante do Banco Mundial (BM) em Angola, Juan Alvarez, disse que o programa “Kwenda” está a ajudar as famílias a fortalecerem a sua resiliência, por meio do aumento dos investimentos produtivos e do capital humano gerando impactos mais sustentáveis, além de repercussões positivas nas comunidades.

Sublinhou que o programa tem gerado resultados tangíveis em áreas como equidade, resiliência e criação de oportunidades económicas para as famílias vulneráveis, revelando que as transferências monetárias já beneficiaram mais de 1,2 milhões de pessoas, das quais mais de dois terços são mulheres.

Recordou que o “Kwenda” incentiva a criação de negócios familiares e estimula a economia local, e salientou que as transferências monetárias estimulam o consumo, reduzindo a pobreza e melhorando o bem-estar dos mais vulneráveis.

O programa “Kwenda” integra a estratégia do Executivo angolano para combater a pobreza e conta com apoio financeiro e técnico do Banco Mundial.