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Coca-Cola interessada no açúcar produzido em Angola

Produtores de açúcar analisam estratégias para autossuficiência
Produtores de açúcar analisam estratégias para autossuficiência Imagens: FR

Redacção

Publicado às 11h10 07/02/2025 - Actualizado às 11h11 07/02/2025

Luanda, 06/02/2025 – A multinacional Coca-Cola manifestou, esta quinta-feira, interesse em aumentar a incorporação de matéria-prima na composição dos seus produtos, e manifestaram disponibilidade em adquirir açúcar produzido em Angola.

Responsáveis da empresa na África Central, que foram recebidos, esta quinta-feira, em Luanda, pelo ministro de Estado para a Coordenação Económica, José de Lima Massano, adiantaram que o objectivo é deixar de importar açúcar, e, a partir de Angola, disponibilizar o produto para as suas unidades fabris no continente africano.

A delegação da multinacional, integrada por Shilestsi Makhofane, director sénior para Políticas Públicas, Racheal Kanoti, directora sénior para Operações de Franchise, e Paula Matoso, gestora de marketing, apresentou ao ministro de Estado para a Coordenação Económica, entre outros temas, as operações da empresa em África, com particular enfoque em Angola.

Durante a reunião, os responsáveis da Coca-Cola na África Central abordaram também a necessidade de investimentos na indústria do vidro, uma vez que a empresa importa anualmente cerca de 100 milhões de garrafas para atender a sua produção.

"Se Angola aumentar a produção de açúcar e de garrafas de vidro, a Coca-Cola será o principal cliente", afirmou uma das representantes da empresa, manifestando a disponibilidade para colaborar com as iniciativas do Governo neste sentido.

Os responsáveis da multinacional destacaram ainda o envolvimento da empresa em projectos comunitários, nomeadamente no fornecimento de água potável, gestão de resíduos e programas de empoderamento da juventude.

No âmbito das iniciativas da empresa em Angola, foi reforçada a importância de trabalhar em estreita colaboração com as administrações municipais, promovendo a inclusão de cidadãos angolanos que se dedicam à recolha de plástico para posterior venda à fábrica.

Por sua vez, o ministro de Estado para a Coordenação Económica congratulou-se com o facto de a multinacional ser um dos patrocinadores da 17.ª Cimeira de Negócios EUA-África, que decorrerá em Luanda, de 23 a 27 de junho deste ano.

José de Lima Massano afirmou ter tomado boa nota das preocupações apresentadas pelos representantes da Coca-Cola e garantiu que o Executivo está empenhado na dinamização e potenciação da economia, visando a sua diversificação, apostando no incentivo ao investimento em sectores estratégicos, como a agricultura e indústria transformadora.

Participaram na reunião, o secretário do Presidente da República para o Setor Produtivo, João Nkosi, e o ministro da Indústria e Comércio, Rui Minguês de Oliveira. 

Sector hoteleiro

Num outro encontro, o ministro de Estado para a Coordenação Económica reuniu-se com o empresário sul-africano Guy Stehlik, fundador da BON Hotels, uma cadeia internacional de gestão hoteleira, que se encontra em Angola para avaliar oportunidades de negócio no sector.

Com vasta experiência no mercado africano, o empresário mostrou-se impressionado com a infra-estrutura hoteleira do país e sublinhou que Angola tem um futuro promissor neste segmento.

"Tudo o que precisam é de expertise", afirmou Stehlik, garantindo o seu apoio ao Governo angolano para impulsionar o sector.

José de Lima Massano destacou que, no âmbito do programa de privatizações, o Governo pretende colocar no mercado algumas unidades hoteleiras para privatização ou parcerias de gestão.

Durante a reunião, que contou com a presença do ministro do Turismo, Márcio Daniel, Massano reforçou a necessidade da criação de escolas de hotelaria para a formação de profissionais qualificados no sector, pretendendo contar com o envolvimento do sector privado.

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