INVESTIMENTO
Angola e Canadá abordam protecção e promoção de investimentos

14/02/2025 12h26
Luanda - Angola está a trabalhar na proposta de Acordo de Protecção e Promoção de Investimentos, com vista a confortar a relação de investimento que se pretende estabelecer com o Canadá, devendo ainda neste primeiro trimestre, começar a discussão sobre esta matéria.
Segundo o JA Online, a informação foi avançada, quinta-feira, em Luanda, pela secretária de Estado para o Comércio e Serviços, Augusta Fortes, na abertura do Fórum Económico Angola-Canadá.
Na sua intervenção, referiu que para o alcance da diversificação da economia e incentivo às exportações, o país deu início, por meio da aprovação do Decreto Presidencial n.º 105/19, de 29 de Março, a um conjunto de reformas estruturais, visando a melhoria do ambiente de negócios e a captação de investimentos, com ênfase para a reforma na estrutura da administração e a reforma do ambiente de negócios, concorrência e da regulação dos mercados.
“Podemos com isto concluir que há um espaço para o comércio, mas naturalmente que há um maior espaço para a produção nacional. E é com vista a garantir a efectiva priorização da produção nacional que o Governo aprovou o Decreto Presidencial n.º 213/23, de 13 de Outubro, instrumento que vem aprovar o regime de incentivo à produção nacional, estabelecendo mecanismos de obrigatoriedade de absorção do nosso mercado interno dos produtos que são efectivamente produzidos”, disse.
Augusta Fortes reconheceu que embora haja mais de 40 anos de amizade entre os dois países, ainda há um vasto potencial a ser explorado, especialmente nos sectores da indústria, agronegócio e investimentos.
O Canadá, afirmou, é a 9ª maior economia do mundo, com um PIB superior a 3 triliões de dólares em 2024, e possui uma economia diversificada e altamente desenvolvida em áreas inovadoras, como as energias renováveis e as novas fontes de energia limpa, como o hidrogénio.
Essas áreas, sublinhou, são de grande interesse para Angola, que também está comprometida em diversificar as suas fontes de energia e adoptar soluções sustentáveis que favoreçam o seu desenvolvimento a longo prazo.
Augusta Fortes disse ainda que o momento é oportuno para reiterar as grandes linhas rumo à autossuficiência alimentar de Angola.