Mais de 218 mil empregos criados em 2024


Luanda - A ministra da Administração Pública, Trabalho e Segurança Social. Teresa Rodrigues Dias, revelou, em Luanda, que 218 mil 669 empregos formais foram criados, em 2024, em Angola.
Em entrevista ao jornal Economia e Finanças, na sua edição impressa publicada esta segunda-feira, Teresa Dias destacou que a situação do mercado de trabalho continua a merecer toda a atenção do Executivo, realçando que o país tem verificado avanços significativos.
Adiantou que, entre 2018 e 2021, a média anual de empregos formais líquidos gerados foi de 41 mil e 700 novos postos de trabalho, e, entre 2022 e 2024, subiu para 192 mil e 700, culminando em 2024 com 218 mil 669 empregos.
A empregabilidade, disse, é dos principais desafios do Executivo, tendo em conta o número de jovens em situação laboral precária, assim como a necessidade de qualificação do capital humano de forma ajustada ao contexto económico e social.
Salientou que o Fundo Nacional de Emprego de Angola (FUNEA) é mais um instrumento de política económica implementado pelo Executivo, aprovado como mecanismo de financiamento, no âmbito da Agenda Nacional para o Emprego, que prevê a coordenação de acções que concorrem para a geração de empregos, enfatizando que estão empenhados na materialização dos eixos estruturantes da referida agenda.
Teresa Rodrigues Dias esclareceu que o nível de extensão e profundidade do FUNEA depende do volume de capitalização, pelo que, em 2024, a mesma foi de 41 por cento do inicialmente previsto, ou seja, 11 mil milhões de kwanzas, dos 27 mil milhões projectados.
Para 2025, revelou, prevê-se uma capitalização de 27 mil milhões de kwanzas, com uma execução acima de 90 por cento.
Em relação ao Instituto Nacional de Formação Profissional (INEFOP) disse que é a instituição que executa as políticas e programas no domínio da formação profissional, emprego e empreendedorismo, controlando e gerindo os centros de formação profissional e de emprego, onde se têm implementado as políticas activas do mercado de trabalho.
Por sua vez, referiu, o FUNEA é o instrumento financeiro que o Executivo encontrou para viabilizar as medidas de emprego contidas na Agenda Nacional de Emprego.
Esclareceu que o INEFOP e o FUNEA são entidades da administração indirecta do Estado, na forma de Institutos Públicos, que concorrem para os mesmos objectivos, com natureza diferente de serviço, estabelecimento público e fundo público.
Sublinhou que foi instituído o Observatório Nacional para o Emprego, com o propósito de monitorar o mercado de trabalho e produzir informação de suporte à tomada de decisão, onde “temos vindo a encontrar bastantes melhorias na recolha e tratamento da informação do mercado de trabalho”.
Teresa Rodrigues Dias disse que o desemprego em Angola deve ser encarado como um desafio multifacetado, que envolve diferentes actores, incluindo o Governo, as famílias, as empresas e a sociedade civil.
Salientou que a Agenda Nacional para o Emprego, como principal instrumento de coordenação entre os diversos actores públicos e privados nas acções que visam reduzir o desemprego, está assente em quatro pilares, nomeadamente o fortalecimento da governação do mercado de trabalho, estimulação da capacidade da economia nacional para gerar empregos, elevação da participação dos cidadãos angolanos e aumento da incidência das políticas activas.
No quadro da governação do mercado de trabalho, explicou, o seu ministério passou a fazer parte da Equipa Económica do Conselho de Ministros, onde o emprego é avaliado mensalmente.
Deu a conhecer estarem criadas as condições de infra-estruturas e estar em curso o processo de negociação com a Organização Internacional do Trabalho (OIT) para a implementação do Sistema de Informação do Mercado de Trabalho.
No plano do aumento da incidência das políticas activas do mercado de trabalho, foi recentemente lançada a medida designada JOBE Angola, que visa fomentar a empregabilidade, através da formação profissional, apoio ao auto-emprego e estímulo ao empreendedorismo, concluiu a ministra.