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Grupo nigeriano Dangote pretende investir no cultivo de cana-de-açúcar e arroz

Produção de arroz em Angola
Produção de arroz em Angola Imagens: DR

Redacção

Publicado às 10h57 21/03/2025 - Actualizado às 10h57 21/03/2025

Luanda - O grupo empresarial nigeriano Dangote quer a concessão de 100 mil hectares de terras aráveis em várias regiões do país, para o cultivo intensivo de cana-de-açúcar e arroz, implantação de fábricas de açúcar e de moinhos de processamento do cereal, bem como a certificação dos seus produtos no mercado angolano.

Esta pretensão foi manifestada durante a visita de uma delegação multissectorial do Governo angolano efectuada a Lagos, Nigéria, com o intuito de explorar oportunidades de negócios e projectos de parcerias público-privadas com o Grupo nigeriano Dangote.

De acordo com um comunicado da Embaixada de Angola na Nigéria, citado pelo JA Online, sobre a mesa estiveram discussões à volta de propostas da entrada do Grupo Dangote no mercado angolano, com a aquisição directa de petróleo bruto, participações em campos petrolíferos maduros, venda de derivados de petróleo e gestão de refinarias de petróleo.

Outros temas como a transferência de tecnologias e know how especializado para projectos da indústria petroquímica e valorização do conteúdo local também foram discutidos entre as partes.

A missão, liderada pelo ministro da Indústria e Comércio, Rui Miguêns de Oliveira, visitou 2.500 hectares do complexo de empreendimentos do Grupo Dangote, na Zona Franca do estado de Lagos.

O complexo compreende infra-estruturas como a Refinaria de Petróleo com uma capacidade de processamento de 650 mil barris de petróleo por dia, o Complexo Petro-químico, que produz 3 milhões de toneladas por ano de Ureia e 250 mil toneladas métricas por ano de polipropileno.

As visitas foram extensivas aos Cais de Pipeline para descarga de crude e carga de gás e refinados de petróleo, cais de exportação de fertilizantes para dois navios simultâneos de alto calado e laboratórios.

O complexo representa um investimento acima de 20 mil milhões de dólares e permitiu formar 3.500 engenheiros nigerianos na Índia, China e EUA.

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