Luanda - As trocas comerciais entre Angola e os Emirados Árabes Unidos registaram, no exercício económico 2024, um crescimento na ordem de 3,0 por cento em relação ao ano anterior, correspondente a um volume de 2,1 mil milhões de dólares, informou, terça-feira, em Luanda, o embaixador daquele país.

 Em entrevista ao Jornal de Angola, à margem do Fórum de Negócios Dubai-Angola, marcado pela assinatura de um Memorando de Entendimento entre a Câmara de Comércio de Indústria de Angola e a congénere do Dubai, Salem Al Khamis Obeid, destacou o indicador do fortalecimento da cooperação bilateral e perspectivas animadoras das relações comerciais.

O diplomata considera as estatísticas como uma evidência de um futuro promissor, razão pela qual sublinha a importância de se promover eventos e uma missão de negócios em Angola dos dois países de maneira a aferir e tirar proveito das oportunidades quer para empresas do Dubai em Angola, quer das angolanas no Dubai.

Até ao primeiro trimestre de 2025, de acordo com o embaixador, existiam, no Dubai, cerca de 72 empresas angolanas a operar em vários ramos de negócios, numa altura em que um número considerável de empresas do Dubai está com presença notável em Angola, enquanto participam no fórum 22 novas empresas interessadas em investir no país.

Salem Al Khamis Obeid, disse que "temos enaltecido as autoridades pela implementação de programas que visam a melhoria do ambiente de negócios e consequente atracção de investimentos, e garantir o processo de diversificação da economia em curso no país e redução da dependência do sector do Oil & Gas".

"Vemos uma semelhança abordagem económica de Angola com o que sucedeu com o Dubai há cerca de 30 anos, razão pela qual acreditamos que o mesmo sucesso será alcançado por Angola e nós temos todo interesse de perceber melhor as oportunidades que se vão abrindo para que as nossa empresas sejam parte desta grande transformação que resultará na melhoria da vida das populações", frisou.

O embaixador defende que os investimentos não devem ser limitados, porque existem vários domínios em que se pode fazer crescer a economia, tendo em conta o vasto potencial, desde o sector da Agricultura, serviços e demais segmentos.

"Temos estado a trabalhar com a Aipex e a Câmara de Comércio no sentido de divulgar as oportunidades aos membros da nossa câmara, de modo que venha para Angola constatar", afirmou.