Parceiros financeiros reiteram confiança em renovar compromissos com Angola


Luanda – A ministra das Finanças, Vera Daves de Sousa, disse que o Banco Mundial (BM) e o Fundo Monetário Internacional (FMI) reiteraram a confiança em renovar os seus compromissos com Angola, sem alterar o actual quadro, mesmo num ambiente mundial desafiador.
Ao balancear a participação de Angola nas reuniões de primavera das duas instituições financeiras, que decorreram de 21 a 25 do corrente mês, em Washington (EUA), Vera Daves de Sousa considerou que as relações de cooperação com o BM e o FMI “mantêm-se satisfatórias”.
Sublinhou que os múltiplos encontros que a delegação angolana manteve com as duas instituições, permitiram reafirmar e consolidar o compromisso de Angola com os mesmos, visando o estabelecimento de novas parcerias de confiança.
Segundo Vera Daves de Sousa, apesar do actual quadro internacional, os parceiros assumiram manter os compromissos e a confiança nos programas em curso no país.
Reconheceu que as reuniões do corrente ano decorreram num ambiente de desafios adicionais e incertezas, mas também com a percepção de que as parcerias estabelecidas continuam.
Destacou terem sido realizadas reuniões produtivas e mesas-redondas, onde se abordou o Corredor do Lobito e foram renovados compromissos com diferentes parceiros.
Adiantou que foram revistos projectos e programas de assistência técnica que estão em curso, com destaque para o do departamento de Assuntos Fiscais, para além de novas solicitações adicionais relacionadas com o reforço do controlo interno e a cobrança do imposto predial.
Vera Daves de Sousa enfatizou que foram também analisadas questões ligadas a segurança alimentar, capital humano e infra-estruturas, assim como o aumento do acesso à electricidade, através de parcerias público-privadas.
Deu a conhecer haver a possibilidade de se “revisitar” o Orçamento Geral do Estado (OGE) 2025, caso o preço do petróleo se mantenha abaixo dos 70 dólares por barril, no mercado internacional.
"Vamos continuar a monitorar e fazer o que for necessário para, como disse, manter a reputação do bom pagador e manter protegido também os rendimentos das famílias”, afirmou.
Apesar do actual cenário macro-económico, Vera Daves de Sousa descartou a possibilidade de haver atrasos salariais, sublinhando ser uma rubrica protegida e grande prioridade do Governo.
Reiterou que as prioridades do Governo não passam por aumentar ou estabelecer novos impostos, mas gerar eficiência nos já existentes, a fim de garantir que se chegue a quem deve contribuir e ainda não o faz.