Geral

Geral


PUBLICIDADE
Publicidade

Uso de templos para campanhas políticas divide opiniões em Angola

Igreja Universal em Angola
Igreja Universal em Angola Imagens: Reprodução/Edições Novembro

Publicado às 21/06/2022 07h18 - Atualizado às 27/06/2022 10h08

Religiosos e membros da sociedade civil mostram-se contra actos políticos realizado no interior das igrejas, apesar da lei Eleitoral vigente em Angola não proíbe o uso de templos religiosos para as campanhas.

Com a campanha eleitoral à porta em Angola, os actores políticos estão a procura da simpatia dos eleitores, visando o alcance de melhores resultados nas eleições gerais de 24 de agosto.

As igrejas, por serem locais de concentração de vários extratos sociais, têm sido alvo de acenos políticos. Mas a ideia de abrir portas e ceder púlpitos a políticos, em tempos de campanha eleitoral, tem divido opiniões entre religiosos e sociedade civil.

Para o pastor Pedro Trindade, o púlpito é um lugar sagrado reservado para a preparação, moralização e instrução do povo para a salvação. Por isso, discorda do uso deste espaço para a transmissão de temas ideológico-partidários e considera importante que os líderes religiosos consigam separar as suas simpatias políticas das funções sacerdotais.

O sociólogo Memória Ekolika diz que são políticos que exigem às lideranças religiosas que incluam um espaço de intervenção nos cultos e missas. Ekolika reprova este comportamento que classifica de "promíscuo" e diz não fazer sentido dar um tratamento diferenciado aos políticos, quando se deslocam a missas e cultos. O académico pede às lideranças religiosas para que olhem para os constrangimentos que causam ao tratarem crentes de forma diferenciada. (Vinisia Mateus)

Publicidade

ÚLTIMAS

    PUBLICIDADE
    Publicidade