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Mesmo com descida de preços de cesta básica, luandenses reclamam

Preço dos alimentos preocupam luandenses
Preço dos alimentos preocupam luandenses Imagens: Edições Novembro

Publicado às 08/07/2022 07h35

Os munícipes da província de Luanda consideram a redução dos preços dos principais produtos da cesta básica não satisfatória tendo em conta pouca capacidade financeira das famílias.

Ao reagir a descida dos produtos da cesta básica, a professora, Solange Vemba, afirmou que ainda não satisfaz as suas expectativas em função do valor do salário mínimo nacional.

"A cesta básica não é só arroz. Só o arroz e a coxa estão sete mil, as famílias alargadas não sobrevivem com o salário mínimo nacional", disse.

Por sua vez, Marcelina Lourenço, que comercializa bolinhos, rissóis e outros produtos semelhantes, afirma que com a redução dos preços, já consegue produzir em maior quantidade e com menos custo.

"A descida já reflete no meu negócio, já consigo comprar mais trigo e mais acúcar. Agora compro dois kilos de trigo a 1400".

A comerciante disse ainda que não reduz o preço dos seus produtos por temer uma subida "se eu baixar agora, quando os produtos subirem não vou poder aumentar o preço do meu negócio e assim vou perder", concluiu.

Anita Cuprendela é dona de casa e deseja que os preços baixem ainda mais, no entanto, teme que se trate apenas de uma estratégia política.“Espero que não seja só uma estratégia por causa das eleições como é habitual nestas épocas", falou.

Outra dona de casa, Engrácia António, acredita que os produtos podem baixar mais e para tal aponta a criação de estratégias de escoamento dos produtos dos campos para as cidades.

A mesma também louva iniciativa do executivo de activar a Reserva Estratégica Alimentar (REA), mas pede mais resultados "é louvável essa ideia, mas precisamos de resultados satisfatórios".

Para o economista, Mariano Adão, a activação da Reserva Estratégica Alimentar está na base da diminuição dos preços dos produtos. Contudo considera que a sua activação foi feita em momento inoportuno. Devido a guerra entre a Rússia e a Ucrânia, dois dos maiores produtores de cereais do mundo, pode-se aumentar a necessidade de haver um maior stock de alimentos.

No mercado angolano regista-se uma redução dos preços dos produtos da cesta básica comparando ao período de Novembro de 2021, altura em que foi activada a Reserva Estratégica Alimentar.

Com a ativação da REA verificou-se uma descida do preço do saco de arroz de 25 quilogramas de 15 mil para 7 mil e quinhentos. A caixa de coxa de frango desceu para 7 mil kwanzas comparado ao último trimestre do 2021 quando era comercializada a mais de 10 mil kwanzas. O açúcar branco antes vendido acima dos 24 mil kwanzas, hoje se compra num preço na ordem dos 21 mil kwanzas. 

De forma retalhada, o litro de óleo alimentar passou de 1700 para 1100/1200, reduções que se verificam em muitos outros produtos.

A reserva Estratégica Alimentar é uma iniciativa do governo angolano que tem como objectivo influenciar a baixa dos principais preços dos produtos alimentares que compõem a cesta básica. (Janeth Meio-Dia)

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