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Da Redacção
Já começou a disputa eleitoral no quadro das eleições gerais de 24 agosto. Este fim de semana, as oito formações políticas espalharam-se pelo país levando ao público eleitor as suas propostas de programa de governo dos próximos cinco anos.
O MPLA começou a sua disputa apresentando o seu programa de governo para o período 2022-2027 na província de Luanda.
O MPLA esteve na maior praça eleitoral do país para o lançamento da sua campanha política. O acto de massas contou com a participação de centenas de milhares de militantes, amigos e simpatizantes do MPLA que se dirigiram no Distrito da Camama, em Luanda.
O Presidente do Partido, João Lourenço, anunciou a construção de mais hospitais de referências no país e a criação de políticas para concretização do sonho da casa própria.
Num discurso de pouco mais de duas horas, João Lourenço anunciou a construção da “Cidade Aeroportuária”, que nascerá nas imediações do novo Aeroporto Internacional Dr. António Agostinho Neto.
O cabeça de lista do MPLA prometeu o lançamento, nos próximos dias, de um “Passe Social” nos transportes públicos urbanos, destinados aos grupos mais vulneráveis da população.
As vias de acesso vão merecer também novos investimentos. A estrada Luanda-Catete será melhorada nos próximos tempos. Será também alargado o troço Kifangondo-Caxito e a ligação do troço cabolombo-barra do Cuanza.
No sector das águas, João Lourenço anunciou a construção de três novas estações de captação, tratamento e distribuição do produto que vão garantir o fornecimento da água a mais 7 milhões de cidadãos em Luanda.
O cabeça de lista do MPLA enalteceu a figura do antigo Presidente da República, José Eduardo dos Santos, falecido em Barcelona, tendo dito que a melhor forma de honrar a sua memória, é o MPLA vencer as eleições gerais de 24 de agosto.
João Lourenço terminou o seu discurso afirmando que, quem não reconhece o seu trabalho nos últimos cinco anos, quem não quer.
O líder do MPLA aproveitou a ocasião para aproveitar apresentar a candidata a vice-presidente da República, Esperança Costa.
A UNITA esteve na província da Huila, onde realizou um acto político de massas e contou com a participação de vários militantes do “Galo Negro”.
O presidente da UNITA, Adalberto da Costa Júnior, afirmou, na sua intervenção que, caso vença as Eleições Gerais de 24 de Agosto, vai respeitar o poder local e a Constituição da República.
Na ocasião, o candidato da UNITA aconselhou os militantes a não reagirem a qualquer tipo de provocação, seja de quem for, porque as Eleições Gerais devem ser encaradas com serenidade, responsabilidade e empenho de todos os cidadãos.
Para Adalberto, as eleições são uma verdadeira festa da democracia, protagonizada através do convívio salutar entre os partidos concorrentes, onde prevalece a escolha do partido vencedor, que passa a ter o direito de formar governo.
Para uma vitória nas eleições, é preciso que todos os cidadãos, com o registo actualizado, exerçam de facto o seu direito cívico no dia 24 de Agosto. "Todos aqueles com 18 anos, e com registo em dia, devem ir às assembleias de voto para exercer o dever cívico", apelou o candidato da UNITA.
O presidente da UNITA, Adalberto da Costa Júnior, anunciou, durante o acto de massas, a intenção de construir centros médicos em cada comunidade com 1000 habitantes, para assegurar os primeiros socorros a todas as pessoas que se confrontarem com qualquer doença.
O recém-chegado Partido Humanista de Angola (PHA), também esteve nas terras da Serra Leba onde apresentou o manifesto eleitoral do seu partido para a população da província, com aposta na educação e na redução dos impostos.
Na Huila, a Presidente do Partido, Florbela Malaquias, prometeu melhorar o sistema de saúde do país e providenciar alimento para todos os angolanos, caso o seu partido vença as eleições gerais de 24 Agosto.
Quanto à saúde, a líder do PHA, única mulher na corrida à Presidência da República, disse que, se ganhar as eleições, deixará de ser uma mercadoria e passará a ser um direito para todos.
Em relação aos alimentos para todos angolanos, Bela Malaquias afirmou que Angola é um país rico, com muitos rios e terras férteis, havendo "condições favoráveis para os angolanos produzirem os seus próprios alimentos e reduzirem a fome”.
Sobre a aposta na educação, disse que será gratuita, da infância ao segundo ciclo do ensino secundário, porque "se os angolanos querem um país desenvolvido é preciso apostar no conhecimento”.
No domínio fiscal, a líder do partido humanista falou da abolição de grande parte dos impostos, por considerá-los verdadeira extorsão, justificando que “os angolanos não têm rendimentos para pagar as actuais taxas de IRT, IVA e Imposto Predial", prometeu igualmente conceder subsídios às crianças e às mães desempregadas.
As eleições de 2022 realizam-se a 24 de Agosto próximo, com oito formações partidárias concorrentes, entre as quais duas participam pela primeira vez, o PHA e o P-NJANGO.
Estão inscritos 14 milhões 399 mil eleitores, dos quais 22 mil 560 residem no estrangeiro. A diáspora angolana estrea-se nas quintas eleições da história de Angola, depois das de 1992, 2008, 2012 e 2017. (Custódio Jacinto)