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Benjamin Netanyahu não aceita acordo com o Hamas

Primeiro-Ministro israelita, Benjamin Netanyahu
Primeiro-Ministro israelita, Benjamin Netanyahu Imagens: DR

Redacção

Publicado às 13h13 06/05/2024 - Actualizado às 13h13 06/05/2024

Tel Aviv - O Primeiro-Ministro israelita, Benjamin Netanyahu afirmou, domingo, numa declaração em vídeo que Israel não aceitará condições que exijam o fim da guerra.

As declarações, citadas pelo Times of Israel, indicam que o país vai manter a operação militar em Gaza até que os objectivos sejam alcançados.

"Israel não pode aceitar", afirma. "Não estamos preparados para aceitar uma situação em que os batalhões do Hamas saiam dos seus bunkers, assumam novamente o controlo de Gaza, reconstruam a sua infra-estrutura militar e voltem a ameaçar os cidadãos de Israel nas comunidades vizinhas, nas cidades do Sul, em todas as partes do país", pode ouvir-se.

"Israel não concordará com as exigências do Hamas, o que significa rendição, e continuará a lutar até que todos os seus objectivos sejam alcançados”, diz ainda Netanyahu, repetindo uma mensagem que tem vindo a expressar durante a guerra.

Netanyahu diz que aceitar as exigências do Hamas apenas aproximaria o próximo conflito e permitiria ao Hamas realizar outro massacre no futuro.

O Primeiro-Ministro sublinha que Israel ainda está aberto a um acordo, mas o Hamas "permanece entrincheirado nas suas posições".

Altos funcionários dos EUA, Qatar e Egipto estão no Cairo, assim como funcionários do Hamas, para possíveis negociações.

Netanyahu decidiu não enviar uma delegação.

A proposta israelita que actualmente está em análise pelo Hamas inclui a intenção de Israel de discutir numa segunda fase do acordo "o regresso a uma calma sustentável" na Faixa de Gaza, uma formulação que, como refere o portal Walla, citado pela EFE, não inclui o compromisso explícito de pôr fim à guerra.

O novo plano para uma trégua entre Israel e o Hamas prevê a libertação de todos os reféns detidos em Gaza, incluindo os militares e os mortos, em troca da retirada israelita do enclave e ao início da sua reconstrução, de acordo com a media libanesa próxima do grupo xiita Hezbollah, refere a EFE.

O jornal libanês Al Akhbar diz que o "texto da proposta" entregue pelo Egipto ao Hamas inclui uma pausa nos combates em três fases, de 124 dias de duração.

A principal operadora de TV por cabo de Israel interrompeu as transmissões da estação televisiva noticiosa Al Jazeera, respeitando uma proibição do canal aprovada, pelo Governo, cuja revogação foi já pedida pelas Nações Unidas.

A operadora de TV por cabo Hot desligou na tarde de domingo as transmissões da Al Jazeera em inglês e árabe, apesar de os portais de Internet da estação em árabe e em inglês terem permanecido operacionais.

As emissões da Al Jazeera podem também continuar a ser assistidas ao vivo na rede social YouTube em ambos os idiomas.

No domingo, o Governo do Primeiro-Ministro Netanyahu aprovou uma medida para encerrar o canal de notícias Al Jazeera do Qatar, acusando-o de transmitir mensagens de incitamento anti-Israel. As autoridades israelitas já entraram nas instalações da Al Jazeera, para efectivar a decisão governamental.

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