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Brasil propõe ao G20 criação de impostos sobre os super-ricos

Brasil propõe ao G20 criação de impostos sobre os super-ricos
Brasil propõe ao G20 criação de impostos sobre os super-ricos Imagens: DR

Redacção

Publicado às 07h31 27/07/2024

Rio de Janeiro - Os ministros das Finanças do G20 concluíram, sexta-feira, a sua reunião no Rio de Janeiro com a aprovação de três documentos, nos quais destacaram as propostas brasileiras para criar um imposto sobre os super-ricos e formar uma Aliança Global para Combater a Pobreza e a Fome.

As duas questões prioritárias para o Brasil, que este ano detém a presidência temporária do fórum que reúne as maiores economias do mundo, foram citadas em diferentes partes de dois dos documentos, disse o ministro da Fazenda do Brasil, Fernando Haddad, na conferência de imprensa que deu ao final da reunião.

De acordo com a agência de noticias EFE, o ministro descreveu estas propostas como “vitórias importantes”, uma vez que durante dois anos e meio, com o início da guerra na Ucrânia no início de 2022, os ministros das Finanças do G20 não emitiram qualquer declaração de consenso ou declaração conjunta.

Por outro lado, foi aprovado o comunicado final da reunião ministerial, no qual foram refletidas as diferentes preocupações dos membros do fórum, e uma declaração sobre cooperação em tributação, que incluiu a proposta brasileira de criar um imposto universal sobre a riqueza dos super-ricos.

A aprovação dos documentos só foi possível graças ao facto de o Brasil, como presidente temporário do fórum, ter publicado uma terceira declaração em que especificava as divergências dos membros do grupo em questões geopolíticas, especialmente em torno das guerras na Ucrânia e em Gaza.

Quanto ao aval do G20 ao imposto sobre os super-ricos, Fernando Haddad disse que foi histórico e uma “vitória moral” para o Brasil, segundo a EFE.

“O simples facto desta proposta estar incluída na declaração é algo que poucos imaginavam ser possível. Hoje está registrado num documento oficial das vinte nações mais ricas do mundo. Do ponto de vista moral, é importante que essas nações reconheçam que temos um problema quando os pobres pagam mais impostos do que os ricos”, afirmou.

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