Quénia regista primeiro caso de varíola dos macacos
Nairobi - O Quénia registou o primeiro caso de infecção por vírus Monkeypox (Mpox), conhecido por "varíola dos macacos", anunciou hoje o Ministério da Saúde.
De acordo com o portal brasileiro “Notícias ao Minuto” que cita um comunicado oficial, as autoridades sanitárias confirmaram ter detectado um caso de Mpox no posto fronteiriço de Taita-Taveta", no sul do país, "originário de um indivíduo que viajava do Uganda para o Rwanda, via Quénia".
A infecção por vírus Mpox é uma doença que se transmite de animais para humanos, mas que também se pode transmitir de pessoa a pessoa.
Num comunicado publicado na segunda-feira, o secretariado da Comunidade da África Oriental (CAO) exortou os oito Estados membros a "educar os seus cidadãos sobre a forma de se protegerem e evitarem a propagação" da varíola dos macacos.
O mesmo portal diz que, também hoje, a Côte d’Ivoire anunciou que tinha registado dois casos "não fatais" de Mpox.
O Mpox foi descoberto pela primeira vez em humanos em 1970, no que é hoje a República Democrática do Congo (antigo Zaire), com a propagação do subtipo Clade I, que desde então tem estado principalmente confinado a países da África Ocidental e Central, onde os pacientes são geralmente infectados por animais contaminados.
Em Maio de 2022, surgiram infecções pelo vírus Mpox em todo o mundo, afectando principalmente homens homossexuais e bissexuais. O subtipo responsável foi o Clade II.
Desde Setembro de 2023, uma nova estirpe do Clade, ainda mais mortal, tem vindo a espalhar-se na RDC.
A 11 de Julho, a OMS alertou para a ameaça que a "varíola dos macacos" representa para a saúde mundial. A RDC está a ser particularmente atingida, com mais de 10 mil casos registados, incluindo 450 mortes.
A Organização Mundial da Saúde declarou ter recebido relatos de casos de 26 países durante o último mês.