ONU
Israel volta a criticar Secretário-geral da ONU
19/10/2024 05h20
Telavive – O governo de Israel voltou a criticar o secretário-geral da ONU, António Guterres, na sequência da morte de Yahya Sinwar, líder do Hamas e considerado um dos cérebros dos ataques de 7 de Outubro do ano passado.
O “ataque” ao Secretário-geral da ONU aconteceu depois de Joe Biden e outros líderes internacionais se terem mostrado optimistas com a notícia, que veem como uma possibilidade para se alcançar um cessar-fogo.
O ministro dos Negócios Estrangeiros israelita, Israel Katz, escreveu no X que Guterres não mostrou “satisfação pela eliminação do arqui-terrorista Yahya Sinwar” e segue uma agenda extremamente “anti-israel e anti-judaica”.
Katz disse ainda que Israel vai continuar a considerar Guterres uma “persona non grata”.
Na mesma linha, o embaixador de Israel nas Nações Unidas, Gilad Erdan, escreveu que “és a figura pública mais irrelevante e desapegada do planeta”. Katz respondeu a uma publicação do secretário-geral da ONU, em que este voltava a alertar para a situação humanitária em Gaza.
Na última quinta-feira, o Conselho Europeu manifestou o seu total e firme apoio ao Secretário-geral da ONU, tendo sublinhado que em parte alguma deve ser considerado “persona non grata".
Em causa está a declaração, por Telavive, de António Guterres como 'persona non grata' em Israel, uma expressão latina que indica que a presença de alguém é indesejada num país, sob alegação de que não condenou diretamente o ataque do Irão, no início de outubro.
Guterres condenou o alargamento do conflito no Médio Oriente "com escalada após escalada" e apelou a um cessar-fogo imediato após o Irão atacar Israel com mísseis.