Mundo

Mundo


PUBLICIDADE

Navios militares russos abandonam base naval na Síria

Navios militares russos abandonam base naval na Síria
Navios militares russos abandonam base naval na Síria Imagens: DR

Redacção

Publicado às 07h02 12/12/2024 - Actualizado às 07h04 12/12/2024

Moscovo - Os navios russos parecem ter deixado temporariamente o seu principal porto na Síria, segundo imagens de satélite analisadas pela “BBC Verify”, perante a contínua incerteza sobre o futuro militar da Rússia manter-se no país, após a queda do seu aliado, Bashar al-Assad.

Imagens captadas pela Maxar, a 10 de Dezembro, mostram que alguns navios deixaram a base naval de Tartous desde domingo e estão actualmente estacionados no mar Mediterrâneo.

Entretanto, outras fotografias tiradas no mesmo dia mostram a continuação da actividade na principal base aérea da Rússia na Síria, Hmeimim, com jactos claramente visíveis na pista.

As novas imagens de satélite mostram que a Rússia retirou, pelo menos temporariamente, os seus navios do porto, com duas fragatas de mísseis teleguiados atracadas a cerca de 13 quilómetros da costa síria. Desconhece-se ate agora onde se encontra actualmente o resto da frota, observada em imagens anteriores.

Na segunda-feira, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, disse que a Rússia iria iniciar negociações com as novas autoridades sobre a futura presença militar da Rússia naquele país.

“Está a ser feito tudo o que é possível para entrar em contacto com os envolvidos na garantia da segurança e, claro, os nossos militares também estão a tomar todas as precauções necessárias”, disse aos jornalistas em Moscovo.

'Sabe que, claro, mantemos contactos com aqueles que controlam a situação na Síria agora. Isto é necessário porque temos lá as nossas bases e a nossa embaixada. E, claro, garantir a segurança das nossas instalações é de extrema importância”, disse aos jornalistas.

A base naval de Tartous alberga elementos da Frota do Mar Negro e é o único centro de reparação e reabastecimento russo no Mediterrâneo. Estabelecido pela União Soviética na década de 1970, foi ampliado e modernizado pela Rússia em 2012, quando o Kremlin começou a aumentar o seu apoio ao regime do Presidente Assad.

Permite que os navios russos permaneçam no Mediterrâneo sem terem de regressar aos portos do Mar Negro através do Estreito Turco. É também um porto de águas profundas, o que significa que pode acolher submarinos da frota nuclear da Rússia, segundo o Instituto Naval dos EUA.

PUBLICIDADE