Paris - O recém-nomeado Primeiro-ministro francês, François Bayrou, defendeu hoje que "a reconciliação é necessária" para ultrapassar o impasse político que a França vive actualmente, abrindo a porta à colaboração com todos os partidos.

“Todos conhecem a situação difícil em que nos encontramos. Mas há um caminho que temos de encontrar, o da unidade em vez da divisão”, disse o novo chefe do Governo à imprensa na sua primeira declaração desde a sua nomeação pelo Presidente francês, Emmanuel Macron, acrescentando que “a reconciliação é necessária”.

Bayrou, de 73 anos, foi nomeado nesta sexta-feira, uma semana depois da moção de censura que derrubou o Governo do conservador Michel Barnier, votada pela esquerda e pela extrema-direita, após três meses de mandato.

Esta nomeação “vem no momento certo, porque coincide com o aniversário do nascimento de Henrique IV”, disse Bayrou, referindo-se ao rei que, com a frase “Paris vale uma missa”, pôs fim às guerras de religião na França do século XVI, e do qual é um dos principais estudiosos.

O veterano centrista e aliado de Macron terá uma enorme tarefa à frente do Governo, tendo o Orçamento do Estado para 2025 como prioridade, numa altura em que a França está fortemente endividada, e o projecto de orçamento da Segurança Social levou à queda do seu antecessor.

A escolha do Presidente da República, Emmanuel Macron, foi anunciada ao início da tarde desta sexta-feira, após a queda do governo de Michel Barnier na sequência de uma moção de censura.
A esquerda ameaçou, logo, voltar a censurar o novo chefe do Executivo.