Mundo

Mundo


PUBLICIDADE

NATO reforça presença no Mar Báltico após corte de cabo elétrico submarino

União Europeia suspeita sabotagem de cabos submarinos no Mar Báltico
União Europeia suspeita sabotagem de cabos submarinos no Mar Báltico Imagens: DR

Redacção

Publicado às 20h47 27/12/2024 - Actualizado às 20h47 27/12/2024

Helsínquia - A Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO) prometeu, esta sexta-feira, reforçar a presença militar no Mar Báltico após o corte de um cabo elétrico submarino, que liga Finlândia e Estónia, perante suspeitas de sabotagem por parte da Rússia.

"A NATO vai reforçar a sua presença militar no Mar Báltico", escreveu hoje na rede social X o secretário-geral da Aliança Atlântica, Mark Rutte, indicando que falou com o Presidente finlandês, Alex Stubb, "sobre a investigação em curso liderada pela Finlândia sobre a possível sabotagem de cabos submarinos".

"Manifestei a minha total solidariedade e apoio", adiantou.

Logo na quinta-feira, o secretário-geral da Aliança Atlântica condenou aquela que disse ser a "possível sabotagem de cabos submarinos no Mar Báltico", demonstrando logo apoio a Talin e Helsínquia.

Mark Rutte disse estar pronto a apoiar a Estónia e a Finlândia, países membros da organização, no apuramento de responsabilidades.

A polícia finlandesa declarou suspeitar que o petroleiro Eagle S, proveniente da Rússia e suspeito de integrar a chamada "frota-fantasma" russa (usada por Moscovo para transportar petróleo, apesar das sanções europeias), esteja envolvido na avaria do cabo elétrico submarino entre a Finlândia e a Estónia ocorrida na quarta-feira.

Na quinta-feira, a União Europeia condenou "a destruição deliberada de infraestruturas" dos países do bloco comunitário, após este novo corte de um cabo submarino.

O petroleiro Eagle S já foi intercetado e encontra-se actualmente ao largo da costa de Porkkala, a cerca de 30 quilómetros de Helsínquia, após a intervenção de um barco-patrulha finlandês.

Segundo o Ocidente, a chamada "frota-fantasma" russa é constituída por navios que transportam petróleo russo e contornam as sanções impostas a Moscovo na sequência da guerra contra a Ucrânia.

Estes navios-tanque que transportam petróleo russo são uma importante fonte de financiamento para a Rússia continuar a sua guerra na Ucrânia, iniciada com a invasão do país em Fevereiro de 2022.

Desde então, foram já vários os incidentes ocorridos no Mar Báltico.

Os gasodutos Nord Stream, que outrora transportavam gás natural da Rússia para a Alemanha, foram danificados por explosões submarinas em Setembro de 2022.

As autoridades consideraram que se tratou de sabotagem e abriram um inquérito criminal.

 

PUBLICIDADE