Washington DC — O antigo Presidente dos EUA Jimmy Carter, que esteve no cargo de 1977 a 1981, e Prémio Nobel da Paz morreu domingo, 29 de Dezembro, aos 100 anos de idade.

James Earl "Jimmy" Carter saiu da cidade do sudoeste da Geórgia de cerca de 700 pessoas para assumir o leme da Casa Branca e da Presidência dos EUA, no rescaldo do escândalo Watergate.

Ele fez campanha para reduzir as despesas com a Defesa, que tinham crescido significativamente durante a Guerra do Vietname.

Visitas a África e críticas aos racistas

Em 1978, Jimmy Carter visitou a Libéria e o seu Presidente, William Tolbert e foi à Nigéria.
Carter também nomeou o primeiro embaixador negro dos EUA na ONU, Andrew Young.

Durante a sua administração, ele denunciou os governos racistas da então Rodésia e da África do Sul, ambos controlados pelas suas minorias brancas que privaram os negros dos seus direitos.

Além dessas viagens, Presidente Carter foi três vezes ao Egipto para encontrar-se com o seu líder, Anwar Sadat.

A Administração Carter ajudou a alcançar os Acordos de Camp David de 1977 entre Sadat e o Primeiro-ministro israelita Menachem Begin, o primeiro tratado alguma vez promulgado entre o Estado judeu e um vizinho árabe, segundo a Voz da América.

Como parte da sua iniciativa de política externa, Carter também levou o seu Departamento de Estado a lançar os Relatórios sobre Práticas de Direitos Humanos por país, que analisa o respeito ou não dos direitos humanos em todo mundo.

Jimmy Carter ganhou o Prémio Nobel da Paz pelo seu trabalho humanitário feito após abandonar a Casa Branca.

Para muitos analistas políticos, os cerca de 50 anos de serviço pós-Casa Branca de Jimmy Carter mostraram o seu profundo empenho na dignidade humana, partilha de recursos, e promoção de todas as pessoas, independentemente da cor ou outras distinções.