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Cuba repudia pedido de intervenção militar na Venezuela

Cuba repudia pedido de intervenção militar na Venezuela
Cuba repudia pedido de intervenção militar na Venezuela Imagens: DR

Redacção

Publicado às 20h06 13/01/2025

Havana - O Governo cubano repudiou o pedido do ex-presidente colombiano Álvaro Uribe para uma "intervenção militar internacional" na Venezuela, com vista a tirar do poder Nicolás Maduro, advertindo que teria "consequências imprevisíveis" para a região.

"Os apelos irresponsáveis para uma intervenção militar internacional na Venezuela, feitos por vários actores, são um facto grave, que repudiamos e que, se tal aventura fosse para a frente, teria consequências consideráveis e imprevisíveis para a paz e segurança regionais", afirmou domingo o ministro cubano dos Negócios Estrangeiros, Bruno Rodríguez, nas redes sociais.

Nicolás Maduro foi empossado na sexta-feira passada como Presidente venezuelano para um terceiro mandato consecutivo de seis anos (2025-2031), mas a oposição reivindica a vitória eleitoral de Edmundo González Urrutia.

O líder chavista foi proclamado vencedor das eleições presidenciais de 28 de Julho pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE), com base em resultados que ainda não são conhecidos em detalhe.

Uribe (presidente colombiano entre 2002 e 2010) admitiu, sábado, a possibilidade de uma "intervenção internacional" na Venezuela, "apoiada pelas Nações Unidas", para retirar "tiranos do poder e convocar de imediato eleições livres".

A proposta foi apoiada também por outro ex-presidente colombiano, Iván Duque (2018-2022).

Em resposta, Maduro avisou que a Venezuela está a preparar-se, juntamente com Cuba e a Nicarágua, para "pegar nas armas", se necessário, para defender "o direito à paz, a soberania e os direitos históricos" do país.

Defendeu ainda que, "se for o caso", devem ter a capacidade de "o enfrentar com armas na mão" e "com luta armada legítima". "Ninguém quer a intervenção militar que Uribe está a pedir", acrescentou.

 

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