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França anuncia aumento de caças Rafale para sua força aérea

França anuncia aumento de caças Rafale para sua força aérea
França anuncia aumento de caças Rafale para sua força aérea Imagens: DR

Redacção

Publicado às 20h47 18/03/2025

Paris - O presidente francês, Emmanuel Macron, anunciou esta terça-feira que vai "aumentar e acelerar as encomendas" de caças Rafale para a força aérea francesa, no âmbito dos novos investimentos na defesa em resposta ao "ponto de viragem" geopolítico mundial.

"O Exército Aéreo e Espacial vai precisar de mais Rafale, é um imperativo dado o contexto actual", declarou Macron, não especificando a quantidade de caças de fabricação francesa, a partir da base aérea 116 de Luxeuil-Saint Sauveur, no nordeste de França.

O presidente francês afirmou ainda que serão investidos cerca de 1,5 mil milhões de euros para ampliar e modernizar esta base aérea, onde os seus aviões serão equipados com novos mísseis nucleares ultrassónicos.

A base aérea de Luxeuil-Saint Sauveur será a primeira a receber até 2035 "a próxima versão do Rafale e o seu míssil nuclear hipersónico, um elemento-chave na modernização em curso da dissuasão nuclear da França" e também receberá "2.000 militares e civis", segundo o chefe de Estado, que é também o Comandante-em-Chefe das Forças Armadas francesas.

Esta base contribui para a "postura de segurança permanente" no espaço aéreo francês, mas também para as missões nacionais, multilaterais ou da NATO, nomeadamente sobre os Estados Bálticos, como explicou o Eliseu à agência France-Presse.

A base Luxeuil-Saint Sauveur, criada em 1912, acolheu em 1916 a esquadrilha La Fayette, formada por voluntários norte-americanos que se tinham alistado ao lado da França antes da entrada de Washington na Primeira Guerra Mundial. De 1966 a 2011, foi palco também da implementação da dissuasão nuclear aérea francesa.

A França, única potência nuclear da União Europeia (UE), tem actualmente três outras bases aéreas envolvidas na dissuasão nuclear: Saint-Dizier (este), Istres (sudeste) e Avord (centro).

O anúncio do chefe de Estado francês acontece no momento em que o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o seu homólogo russo, Vladimir Putin, discutem um possível processo de paz para a Ucrânia.

Na semana passada, Emmanuel Macron defendeu que a França deve lutar simultaneamente contra as "ameaças geopolíticas" e as "ameaças ao seu solo colocadas por terroristas", rejeitando acusações de que estaria a exagerar quanto à Rússia.

No início de março, o Presidente francês anunciou querer "abrir o debate estratégico" sobre a proteção da Europa pelas armas nucleares francesas com os aliados dispostos a garantir a paz futura na Ucrânia e a proteção do continente europeu, para não depender da dissuasão norte-americana para fazer face às ameaças da Rússia.

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