Mundo

Mundo


PUBLICIDADE

França rejeita qualquer anexação israelita de Gaza ou Cisjordânia

França rejeita qualquer anexação israelita de Gaza ou Cisjordânia
França rejeita qualquer anexação israelita de Gaza ou Cisjordânia Imagens: BBC

Redacção

Publicado às 09h29 23/03/2025 - Actualizado às 09h30 23/03/2025

Paris - A França reiterou, sábado, que se opõe a qualquer forma de anexação da Cisjordânia ou da Faixa de Gaza depois de Israel ter ordenado a conquista de território palestiniano que possa ser anexado.

"A França opõe-se a qualquer forma de anexação, quer se trate da Cisjordânia ou de Gaza", declarou o ministro dos Negócios Estrangeiros, Jean-Noël Barrot, numa conferência de imprensa na cidade francesa de Dijon (centro-leste).

O chefe da diplomacia francesa reagia ao anúncio do ministro da Defesa israelita, Israel Katz, de que deu ordens ao exército para "tomar mais território em Gaza" que possa ser anexado a Israel se o Hamas não libertar os reféns.

"Quanto mais o Hamas mantiver a sua recusa, mais território perderá, que será anexado a Israel", afirmou Katz num comunicado citado pela agência espanhola EFE.

Barrot disse que Paris tem "uma visão muito clara" sobre o futuro da região, que passa pela solução de dois Estados, Palestina e Israel, que vivam "pacificamente lado a lado, com reconhecimento mútuo e garantias de segurança".

"Esta é a única forma de alcançar uma paz e uma estabilidade duradouras na região", acrescentou, segundo a agência francesa AFP.

Israel e o grupo palestiniano radical Hamas concordaram numa trégua que entrou em vigor em 19 de Janeiro e durante a qual trocaram reféns israelitas por prisioneiros palestinianos.

A primeira fase do cessar-fogo terminou em 02 de Março, dia em que deveria ter começado a segunda fase, que previa o fim duradouro das hostilidades em Gaza e a libertação dos reféns no território palestiniano.

As negociações para a segunda fase não se realizaram e a situação ficou num impasse até segunda-feira à noite, quando Israel quebrou definitivamente o cessar-fogo com uma vaga de bombardeamentos que já matou centenas de palestinianos.

A população de Gaza está sujeita, há quase um ano e meio, a uma guerra que provocou cerca de 50 mil mortos e uma crise humanitária sem precedentes.

A ofensiva israelita na Faixa de Gaza foi desencadeada pelos ataques do Hamas no sul de Israel em 07 de Outubro de 2023, que causaram cerca de 1.200 mortos e de 250 reféns.

PUBLICIDADE