HISTóRIA

Os 21 anos de paz de Angola

Vista área da cidade do Luena, Moxico - Cedida
Vista área da cidade do Luena, MoxicoImagem: Cedida

04/04/2023 00h00

Luanda - Angola assinala, esta terça-feira, 4 de Abril, o Dia da Paz e da Reconciliação Nacional, data que marca o fim da guerra e o início da convivência pacífica entre os angolanos.

Em 2002, o conflito armado chegou ao fim, após 27 anos de guerra, e provocou milhares de mortos, deslocados, órfãos e viúvas, assim como a destruição de várias infra-estruturas.

Foi a 4 de Abril de 2002 que o Governo e a UNITA rubricaram o mais consistente acordo de paz da história do país, abrindo espaço para o surgimento de uma Angola nova e unida.

Conforme relembra reportagem da Angop, o pacto da paz começou a ser tratado a 18 de Março de 2002, na comuna de Cassamba, município do Luchazes, província do Moxico, quando o general de Exército, Geraldo Sachipengo Nunda, das Forças Armadas Angolanas (FAA), e o então chefe do Estado-Maior da UNITA, general Abreu Muego "Kamorteiro", assinaram um "pré-acordo" de cessar-fogo.

O acordo militar foi assinado a 30 de Março de 2002, na capital do Moxico, mas o Memorando de Entendimento do Luena tomou forma a 4 de Abril de 2002, em Luanda.

Coube aos generais Armando da Cruz Neto, pelas FAA, e Abreu Muengo "Kamorteiro", pela UNITA, assinar o Memorando, na presença do então Presidente da República, José Eduardo dos Santos, de personalidades da sociedade civil, líderes religiosos e representantes do corpo diplomático.

A partir daí, o 4 de Abril passou a ser uma das datas mais importantes na vida dos angolanos.
Desde então, os angolanos procuram impulsionar o crescimento e o desenvolvimento socio-económico da Nação, rica em recursos naturais e minerais.

Acto central no Namibe

O acto central das celebrações do 4 de Abril, no ano em curso, acontece na província do Namibe, em cerimónia a ser dirigida pela ministra de Estado para Área Social, Dalva Ringote.
No quadro da data, várias personalidades e entidades angolanas vão ser condecoradas, esta terça-feira, pelo Presidente da República, João Lourenço, algumas a título póstumo, por terem se destacado na luta pela Independência Nacional, Paz, Democracia e Reconciliação Nacional.

Também na capital do país, a cidade de Luanda, está previsto, na manhã desta terça-feira, o hastear da Bandeira Monumento, no Museu Nacional de História Militar.

A agenda das celebrações prevê a deposição de coroa de flores no Monumento ao Soldado Desconhecido, na Marginal de Luanda, culminando com 21 badaladas do Sino da Paz, no Palácio da Justiça.
Este ano, o programa nacional do Dia da Paz e da Reconciliação Nacional inclui a inauguração de alguns equipamentos sociais nos sectores da educação e saúde, a plantação de arvores, entre outros eventos.

 

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