Angola e China assinam acordo para reforço das relações comerciais
Luanda - Um acordo para garantir o reforço e o incremento das relações comerciais e financeiras entre a República de Angola e a República Popular da China foi assinado hoje, Domingo, em Luanda, pelo ministro de Estado para a Coordenação Económica, José de Lima Massano, e pelo ministro do Comércio chinês, Wang Wentao.
Segundo divulgou a Angop, o documento foi rubricado no final da II Reunião Orientadora para a Cooperação Económica e Comercial Angola-China, tendo, na ocasião, o ministro de Estado para a Coordenação Económica, manifestado o interesse de Angola em continuar a aprofundar as relações comerciais e financeiras com entidades públicas e privadas da República Popular da China.
“ A presença da China em Angola e dos seus empresários tem vindo a contribuir significativamente para novas infra-estruturas pelo país, facto que tem permitido ao Governo angolano melhor servir os desígnios de desenvolvimento sócio-económico de Angola,” afirmou José de Lima Massano.
No encontro, o governante chinês destacou os investimentos do seu país em Angola, nos últimos anos, destacando o facto de Angola ser um dos maiores parceiros comerciais em África e a maior fonte de importações de petróleo para o gigante asiático.
De acordo com o dirigente chinês, a escala de comércio bilateral entre os dois países tem crescido de forma constante, e segundo as estatísticas da China, as trocas comerciais realizadas em 2022 atingiram 27 mil milhões de dólares, um aumento de 16% em relação ao ano anterior.
Wang Wentao reiterou que Angola tornou-se no segundo maior parceiro comercial da China em África.
Para o efeito, disse o responsável, a estrutura comercial foi continuamente optimizada às exportações de produtos não petrolíferos à China, com destaque para produtos minerais que aumentaram significativamente.
Salientou também que, no domínio de investimentos, a China se tornou já um importante investidor em Angola e, segundo as estatísticas chinesas, os diversos investimentos aqui abrangem o petróleo, mineração, agricultura transformadora, entre outros domínios.
No domínio do financiamento, a China é a maior fonte de financiamento para Angola, onde os seus bancos já financiaram mais de 48 mil milhões de dólares a Angola, contribuindo para o desenvolvimento sócio-económico deste país amigo.
No domínio das infra-estruturas, prosseguiu o governante chinês, as empresas chinesas construíram mais de 2 800 quilómetros de metros de caminhos-de-ferro e mais de 20 mil quilómetros de estradas.
Igualmente, construíram cerca de 100 mil casas sociais, 100 escolas e 50 hospitais em diferentes províncias de Angola.
Angola tornou-se no segundo maior parceiro comercial da China em África, depois África do Sul. Na lista dos principais parceiros comerciais da China em África consta também a Nigéria, o Egipto e a República Democrática do Congo.
Estima-se que na totalidade do comércio da China, o continente africano aparece em sexto lugar com apenas 3,83% da totalidade do comércio internacional do país.