O Presidente do MPLA, João Lourenço, reafirmou esta segunda-feira (18) o compromisso do seu partido no combate à corrupção e à impunidade, uma “ameaça considerada anos atrás como segundo maior desafio do país depois da Guerra”.

Para João Lourenço, que falava no discurso de abertura da V reunião ordinária do Comité Central do MPLA, “as conhecidas forças retrógradas da nossa sociedade, ao invés de aplaudir e encorajar as instituições envolvidas nesta luta de sem tréguas, preferem dizer que não se está a fazer nada, mesmo com os factos à mostra”.

De acordo com o líder do partido, esse comportamento visa distorcer a realidade dos factos. “Essas essas pessoas, organizações ou partidos políticos fizeram uma clara aliança com aqueles que durante anos utilizaram em grande escala o erário e bens públicos em benefício próprio”, criticou.

A luta contra a corrupção e a impunidade tem sido a bandeira de João Lourenço desde 2017, altura em que assumiu a presidência.

A Procuradoria-Geral da República (PGR) abriu 448 processos de inquérito sobre corrupção de 2018 a 2022, dos quais 88 foram remetidos para instrução preparatória.

Desse total, resultaram 20 condenações e 84 arquivamentos.

O relatório da Direcção Nacional de Prevenção e Combate à Corrupção (DNPCC), entregue à PGR, indica que foram recebidas 24.541 denúncias.

De acordo com a PGR no total foram apreendidos mais de 25 mil milhões de kwanzas (cerca de 30 milhões de dólares) no período acima referido.