FAA
PR garante continuidade do processo de modernização das FAA

17/01/2024 12h24
Luanda - O processo de modernização das Forças Armadas Angolanas (FAA) prossegue a bom ritmo, com incidência no ramo da Marinha de Guerra Angolana (MGA), garantiu terça-feira, em Luanda, o Presidente da República, Joâo Lourenço, após a inaguração da primeira fase do Centro Nacional de Coordenação e Vigilância Marítima.
Falando à imprensa, no Distrito Urbano do Ramiros, município de Belas, em Luanda, onde se localiza o referido Centro, disse que nos últimos anos têm estado a ser feitos "importantes” investimentos na Marinha de Guerra Angolana, não apenas em infra-estruturas em terra, como na aquisição de modernas embarcações.
O Chefe de Estado recordou que o esforço começou com a renovação da Base Naval do Soyo, passando pela inauguração do Centro Nacional de Vigilância Marítima da Barra do Kwanza e a reabilitação, já em curso, da Base Naval de Luanda, que será a maior do país.
No quadro dos investimentos na Marinha de Guerra Angolana, anunciou que este ramo das FAA ganhará três aeronaves de reconhecimento e vigilância marítima, da Airbus espanhola, sendo que a primeira chega ao país nos próximos meses e as restantes até ao final deste ano.
"A modernização das FAA, no geral, e da MGA, em particular, é um facto. E, dia após dia, as coisas começam a ficar mais visíveis”, afirmou João Lourenço, acrescentando ser igualmente, pertinente, a conclusão, no decurso deste ano, dos Centros Regionais de Vigilância Marítima do Lobito (província de Benguela) e do Namibe.
No final da visita às instalações do Centro Nacional de Coordenação e Vigilância Marítima da Barra do Kwanza, o Presidente da República abordou pormenores sobre os projectos de vigilância marítima no país com as principais chefias dos Órgãos de Defesa e Segurança, incluindo o ministro de Estado para a Coordenação Económica, com quem avaliou a componente financeira dos mesmos.
Sublinhou que há muito aguardava pela inauguração e funcionamento do Centro de Vigilância Marítima da Barra do Kwanza. Contudo, referiu que a segunda fase do projecto não é tão determinante para que o mesmo entre em pleno funcionamento.
A segunda fase comporta, sobretudo, a construção das residências para albergar os oficiais e praças que vão operar de forma ininterrupta no Centro.
"O que terminamos de construir e acaba de ser inaugurado é a primeira fase do projecto e não uma fase emergencial como se propala”, frisou.
Orçadas em mais de 60 milhões de dólares, as obras do Centro Nacional de Coordenação e Vigilância Marítima da Barra do Kwanza tiveram início em Setembro de 2019, com alguns interregnos no percurso.
Actualmente estão concluídas todas as infra-estruturas de suporte ao Centro (fornecimento de água, energia eléctrica, escoamento de esgotos e acessos), incluindo a sala de operações, que está equipada com instrumentos modernos.
Ao longo da segunda fase do projecto serão construídos o posto de saúde, refeitório, três residências e algumas casernas para os efectivos que farão a segurança do Centro.
O Centro ocupa uma área de 1.500 metros quadrados a pelo menos um quilómetro da orla marítima.
O ministro da Defesa Nacional, Antigos Combatentes e Veteranos da Pátria, João Ernesto dos Santos "Liberdade”, considerou "essencial” a inauguração do Centro de Vigilância Marítima da Barra do Kwanza, salientando que a infra-estrutura vai contribuir para a segurança das comunicações marítimas, protecção e exploração dos recursos marinhos.
Após a cerimónia inaugural do projecto, o governante disse esperar que o mesmo represente também o compromisso em relação à defesa, soberania e integridade do território nacional.
Por seu lado, o comandante da Marinha de Guerra Angolana (MGA), almirante Valentim António, salientou também a grande importância ao Centro, lembrando que o tráfego marítimo requer sempre segurança.