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SADC decide enviar destacamento de forças para a RD Congo

PR na reunião em Accra, no Ghana
PR na reunião em Accra, no Ghana Imagens: CIPRA

Redacção

Publicado às 19h51 21/07/2024 - Actualizado às 19h51 21/07/2024

Luanda - Um destacamento de forças será enviado para a República Democrática do Congo com o objectivo de colaborar com o governo congolês para se encontrar os melhores caminhos visando a estabilização do país, segundo decisão da SADC.

De acordo com Angop, o facto foi anunciado hoje, domingo, em Accra, capital do Ghana, pelo Chefe de Estado angolano, João Lourenço, na qualidade de Presidente da Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral (SADC) , durante a 6ª reunião de coordenação semestral entre a União Africana (UA) e as Comunidades Económicas Regionais (CER) e os Mecanismos Regionais (MR).

Segundo o Estadista, a decisão, tal como havia ocorrido com Moçambique, não deve ser vista como qualquer ameaça para os países vizinhos, mas sim contribuir para a pacificação da região e do continente africano.

Apesar dos esforços nas últimas semanas aumentaram os ataques do M23 às Forças Armadas da RDC, tendo conquistado várias cidades na frente norte, e, com isso, multiplicado o território sob seu controle.

A degradação da situação de segurança está a obrigar a deslocação de um grande número de pessoas, gerando uma profunda crise humanitária.

Os recentes desenvolvimentos configuram um contexto político e de segurança "altamente" volátil, em que se verifica uma deterioração das relações entre a RDC e o Rwanda, nomeadamente através de acusações de ambos os lados e da exarcebação dos discursos de ódio.

O Presidente angolano disse no seu discurso, que a integração continental e regional continua a ser a principal estratégia que permitirá expandir os mercados, alargar o espaço económico do continente e colher os melhores benefícios para as populações africanas.

João Lourenço afirmou que em todo este esforço visando a integração continental, a SADC tem tido um papel importante, também pelo facto de fazer parte do Mecanismo Tripartido, integrado igualmente pela COMESA e pela Comunidade da África do Leste (EAC).

Sublinhou que esse mecanismo comporta 29 Estados, o que representa 53% dos Estados Membros da União Africana, mais de 60% do PIB continental e uma população de 800 milhões de habitantes, e tem o seu foco na integração para o desenvolvimento, na complementaridade comercial, na produção industrial competitiva e no desenvolvimento infra-estrutural do continente.

Deste modo, aproveitou o momento para apelar à continuidade dos esforços para superar os desafios identificados e a trabalhar na busca dos melhores métodos e meios que garantam a intensificação do cumprimento da agenda de integração continental.

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