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Chefe de Estado almeja reforço das relações entre Angola e o Rwanda

Chefe de Estado almeja reforço das relações entre Angola e o Rwanda
Chefe de Estado almeja reforço das relações entre Angola e o Rwanda Imagens: CIPRA

Redacção

Publicado às 09h30 26/07/2024

Luanda - O Chefe de Estado angolano, João Lourenço, expressou, quinta-feira, o desejo de continuar a trabalhar com o seu homólogo do Rwanda, Paul Kagame, no reforço das relações de amizade e cooperação entre os dois países.

O Chefe de Estado angolano reitera igualmente a vontade de dar sequência aos esforços conjuntos relacionados com processo em curso para o restabelecimento da paz, da concórdia e da harmonia entre todos os povos da região dos Grandes Lagos.

A informação vem contida numa mensagem de felicitação que João Lourenço enviou ao Paul Kagame, pela sua reeleição ao cargo de Presidente do Rwanda, no pleito eleitoral realizado, no dia 15 do mês em curso.

Entretanto, a agência de notícias EFE refere que Paul Kagame venceu as eleições de 15 de Julho com 99,18% dos votos, pelo que vai revalidar o cargo para um quarto mandato de cinco anos, segundo a confirmação da Comissão Nacional de Eleições (CNE) divulgada na segunda-feira.

A contagem final não se altera em relação aos números provisórios anunciados pelo NEC na quinta-feira passada, que já davam a vitória a Kagame com 99,18% dos votos.

A EFE acrescenta que o seu triunfo não surpreende depois de o líder da Frente Patriótica Rwandesa (FPR), de 66 anos, ter vencido com mais de 90% dos votos nas três eleições em que concorreu até agora (2003, 2010 e 2017).

De acordo com um comunicado da CNE, os dois únicos candidatos que concorreram com o presidente rwandês nas eleições de 15 de Julho - com uma participação de mais de 98% - não conseguiram alcançar 1% dos votos entre os dois.

Assim, Frank Habineza, 47 anos, candidato do Partido Democrático Verde do Rwanda (DGPR) - o único que exerce alguma oposição ao Governo - obteve 0,50%, enquanto o jornalista e candidato independente Philippe Mpayimana, 54 anos, obteve apenas 0,32%.

Os dois já enfrentaram Kagame nas eleições presidenciais de 2017, nas quais juntos obtiveram 1,2% do apoio popular.

A EFE sublinha que Paul Kagame continuará, portanto, a liderar o país, que governa com mão de ferro desde 2000.

O seu partido lidera o Rwanda desde que tomou o poder em 1994 como grupo rebelde, depois de derrubar o governo extremista hutu que desencadeou o genocídio desse ano, no qual cerca de 800.000 tutsis e hutus moderados perderam a vida.

De uma população total de pouco mais de 13,2 milhões de habitantes, cerca de 9,5 milhões de eleitores registados foram chamados às urnas na segunda-feira, num dia eleitoral marcado pela calma, longas filas e entusiasmo em exercer o seu direito democrático aos ruandeses, dos quais cerca de dois milhões tiveram de o fazer pela primeira vez.

No entanto, duas opositoras muito críticas à sua gestão não puderam enfrentar Kagame nas eleições: Victoire Ingabire e Diane Rwigara, que foram proibidas de participar pelas autoridades eleitorais, segundo a agência EFE.

 

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