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Portugal é "porta preferencial" de entrada para cidadãos da CPLP

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LisboaImagem: DR

24/07/2024 12h09

Luanda – O primeiro-ministro Luís Montenegro, assumiu, esta terça-feira, em Luanda, que os cidadãos da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) têm uma porta preferencial para entrar em Portugal por razões “culturais, históricas, de partilha de língua e de valores”.

Em conferência de imprensa ao lado do Presidente da República de Angola, João Lourenço, no âmbito da sua visita oficial iniciada esta terça-feira, Luís Montenegro respondeu que, em relação as recentes alterações à política de imigração aprovadas pelo seu Executivo, para os países da CPLP "não houve nenhuma alteração, a via está aberta, a porta está aberta e é uma porta preferencial”.

Luís Montenegro antecipou eventuais críticas de xenofobia, em relação a outros países, e disse querer reafirmar “com muita clareza” a opção que “os países que falam português e os seus cidadãos têm, do ponto de vista da nossa política migratória, uma porta preferencial. É uma porta preferencial por razões culturais, históricas, de partilha de língua, de partilha de valores que tem uma valoração e nós assumimo-la”.

Ainda sobre a questão dos vistos, o primeiro-ministro português destacou que Angola foi o “segundo país que mais vistos CPLP requereu”, com uma “taxa de aprovação de 89 por cento”.

Questionado quantos cidadãos angolanos esperam que possam concorrer a estes vistos no futuro, respondeu que dependerá das candidaturas, mas prometeu que “a resposta será a rápida que for possível”.

“Daremos essa resposta com uma filosofia que é cada vez mais a de adequar os instrumentos que regulam os nossos fluxos migratórios com a dignificação das pessoas, com a dignidade com que elas são tratadas, quer para a obtenção dos vistos, quer sobretudo para as atividades que procuram”, disse.

A este propósito, Montenegro voltou a salientar um dos protocolos, esta terça-feira assinados, com Angola e que prevê que o Instituto de Emprego e Formação Profissional dê formação neste país, quer para quem fica a trabalhar no mercado interno, quer para os que pretendem ir para Portugal.

Reiterando a intenção do Governo de “agilizar procedimentos e reforçar os recursos humanos dos postos consulares”, adiantou que “de uma assentada” Portugal valoriza a atribuição do visto a cidadãos angolanos e a sua qualificação para a actividade profissional à qual se candidatam, “facilitando com isso a sua integração, o seu acolhimento e a sua dignificação”.

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