Política

Política


PUBLICIDADE

Angola acolhe fórum de mulheres sobre crise nos Grandes Lagos

Luanda, capital de Angola
Luanda, capital de Angola Imagens: DR

Redacção

Publicado às 13h39 15/10/2024 - Actualizado às 13h39 15/10/2024

Luanda - Um fórum regional de alto nível de mulheres do continente africano focado na crise na região dos Grandes Lagos, com realce para a República Democrática do Congo (RDC) decorre, nos dias 18 e 19 do corrente mês, em Luanda, numa iniciativa do Presidente de Angola, João Lourenço.

O evento, de acordo com dados divulgados no site da União Africana, vai incidir sobre o fortalecimento da participação e liderança das mulheres nos processos de paz e segurança na RDC e na região dos Grandes Lagos.

O fórum, facilitado pela União Africana, através do Gabinete do Enviado Especial para Mulheres, Paz e Segurança, visa promover o diálogo e a colaboração, assim como alcançar uma implementação holística e eficaz da "Agenda Mulheres, Paz e Segurança", integrando as perspectivas de género nas políticas e programas na região.

A União Africana reconhece que a participação e liderança das mulheres devem ser consideradas um elemento primário na busca pela paz e segurança no continente, em reconhecimento à importância das mesmas como parceiras iguais na paz, segurança, governança e desenvolvimento sustentável.

"A participação das mulheres deve aumentar não apenas em número, mas na qualidade das contribuições para a paz e a segurança na região dos Grandes Lagos", defende a União Africana, tendo acrescentando que a situação de segurança nos Grandes Lagos teve efeitos devastadores sobre as mulheres e meninas.

Os delegados ao fórum, adianta a União Africana, vão avaliar a contribuição das mulheres para iniciativas de pacificação, identificar lacunas e oportunidades para a sua participação significativa, assim como desenvolver estratégias para melhorar o envolvimento e a sua liderança em iniciativas de paz regionais em andamento, bem como identificar maneiras pelas quais as mulheres podem apoiar o Processo de Paz de Luanda.

A União Africana fez saber que os resultados do fórum vão apontar caminhos para aprimorar uma abordagem sistemática, holística e coesa sobre questões de género em todas as situações de segurança.

A organização continental adianta que a Agenda Mulheres, Paz e Segurança apresenta uma abordagem abrangente para a integração do género na paz e segurança para garantir a participação das mulheres na prevenção e resolução de conflitos, construção da paz e reconstrução pós-conflito.

A enviada especial do presidente da Comissão da União Africana sobre Mulheres, Paz e Segurança, Bineta Diop, citada no site da UA, ressaltou o compromisso da organização continental em garantir que as vozes das mulheres sejam ouvidas e levadas em consideração, na prevenção de conflitos e na construção da paz.

Acrescentou que a “Agenda Mulheres, Paz e Segurança" é uma abordagem de integração de género que visa promover a inclusão das mulheres como participantes activas na manutenção da paz e garantir a sua integração de perspectivas de género na agenda de paz e segurança aos níveis nacional, regional e continental.

O fórum vai reunir delegados de 12 Estados-membros da Conferência Internacional sobre a Região dos Grandes Lagos (CIRGL), incluindo Chefes de Estado e de Governo, ministros de género ou seus representantes, membros da Rede de Mulheres Líderes Africanas, da FemWise África, do Conselho Consultivo da "Agenda Mulheres, Paz e Segurança", assim como representantes do Mecanismo Regional de Supervisão da Paz e Segurança e das comunidades da África Oriental e de Desenvolvimento da África Austral (SADC).

O fórum contará, igualmente, com a presença de representantes de agências do sistema das Nações Unidas, chefes de missões diplomáticas, representantes de instituições religiosas e académicos, entre outros.

O Terceiro Fórum Africano de Alto Nível sobre Mulheres, Paz e Segurança (WPS), realizado em Dezembro do ano passado, recomendou uma maior atenção às crises na RDC e na região dos Grandes Lagos, tendo solicitado ao enviado Especial da União Africana para Mulheres, Paz e Segurança que apoiasse iniciativas destinadas à promoção do papel das mulheres nas iniciativas regionais de construção da paz.

PUBLICIDADE