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João Lourenço assegura que Joe Biden visitará Angola em data a anunciar

Presidente do MPLA discursa na reunião - Jornal ÊME
Presidente do MPLA discursa na reuniãoImagem: Jornal ÊME

09/10/2024 13h05

Luanda - O Presidente João Lourenço disse, esta quarta-feira, em Luanda, que o Chefe de Estado americano, Joe Biden, “visitará Angola em data a anunciar, em função do inesperado contratempo da passagem de um devastador furacão que deve atingir o território americano, nos próximos dias”.

Ao discursar na abertura da terceira sessão extraordinária do Comité Central do seu partido, o MPLA, João Lourenço augurou que as consequências da passagem do furacão não sejam “tão severas e que cause os menores danos humanos e materiais possíveis”.

Salientou que a visita, quando acontecer, “servirá para consolidar a trajectória de construção de uma parceria estratégica, que ampliará as relações de amizade e cooperação económica”, entre Angola e os Estados Unidos da América.

Considerou que a visita vai abrir maiores oportunidades de negócio para os investidores angolanos e americanos, constituir um ganho para a economia de Angola, assim como vai estimular o surgimento de parcerias e contribuir para o aumento da produção nacional e das exportações.

Adiantou que a mesma vai ainda promover o turismo, abrir portas para a entrada no mercado americano e facilitar a inserção da economia angolana na economia mundial.

Revelou que, à margem da visita, está agendada a realização, em Luanda, de uma cimeira sobre o Corredor do Lobito, com a participação de Joe Biden e dos Presidentes da República Democrática do Congo, da Zâmbia e da Tanzânia e de outras importantes personalidades.

João Lourenço destacou que, nos últimos anos, Angola tem melhorado a sua reputação e granjeado um grande prestígio na arena internacional, devido à sua dinâmica diplomacia e as reformas realizadas em diversos domínios da vida política, económica e social do país.

Como resultado de tais melhorias, enfatizou que, em Novembro do corrente ano, no Brasil, Angola participa na cimeira do G-20 e, em 2025, assume a presidência rotativa da União Africana, estando igualmente prevista a realização, em meados do próximo ano, em Luanda, de uma cimeira de Negócios Estados Unidos da América/África.

Festividades dos 50 anos de Independência

O Presidente do MPLA revelou ainda que, nos próximos dias, o Executivo angolano vai aprovar um programa de comemorações dos 50 anos da Independência Nacional, a assinalar-se em 2025, envolvendo a realização de actividades políticas, culturais, recreativas, desportivas, feiras e exposições, inaugurações de infra-estruturas e empreendimentos económicos e sociais.

Apelou os cidadãos angolanos, partidos políticos, igrejas, associações cívicas a serem participantes activos do grande acontecimento, lamentando o facto de alguns dos grandes filhos da pátria já não poderem estar presentes.

Disse que o Executivo continua empenhado em criar um bom ambiente de negócios, promover o sector privado da economia, atrair investimento privado estrangeiro, diversificar a economia, aumentar a oferta de bens e serviços de produção nacional e as exportações, assim como em criar o maior número possível de postos de trabalho.

Reconheceu também o empenho do seu Executivo em investir cada vez mais no sector social, na educação, na saúde, na formação profissional, na oferta de água, energia e habitação social, reservando mais detalhes sobre estas matérias e outras de interesse nacional para o discurso sobre o Estado da Nação na Assembleia Nacional, a 15 do corrente mês.

Comité Central analisa documentos relativos ao oitavo Congresso Extraordinário

A terceira sessão extraordinária do Comité Central do MPLA analisa os documentos visando a convocação e realização do oitavo Congresso extraordinário do Partido, a ter lugar, em Dezembro próximo, em Luanda, para reflectir sobre os 50 anos da Independência Nacional e o percurso de luta, de vitórias e de glória, assim como perspectivar o futuro do Partido e da Nação.

O Presidente do partido recordou que o MPLA soube sempre analisar com realismo, pragmatismo e olhar crítico a situação vigente, os perigos e ameaças, a correlação de forças, a conjuntura nacional e internacional, definindo os caminhos para cumprir com a missão de melhor servir Angola e os angolanos.

Salientou que o foco do MPLA deve estar virado para a consolidação da democracia e o desenvolvimento económico e social do país, depois de cumpridas as fases da luta pela Independência Nacional, pela sua consolidação e pela defesa da soberania nacional e o alcance, manutenção e consolidação da paz e da reconciliação nacional.

Enfatizou que deve ser principal missão do seu partido fazer com que todos os cidadãos angolanos sejam participantes activos dos processos de democratização da sociedade e de desenvolvimento económico e social de Angola.

Recordou que “não se vislumbram eleições gerais no país para breve, por não ser o tempo estabelecido pela Constituição, igualmente não se vislumbram eleições no partido, por não ter chegado o momento estabelecido pelos Estatutos”.

De acordo com o Jornal ÉME, órgão de imprensa do MPLA, que publicou na íntegra o discurso do Presidente do partido, participam na reunião extraordinária 434 dos 693 membros que compõem o Comité Central.

Os membros estão a apreciar e aprovar projectos de resoluções sobre o preenchimento de vagas no Comité Central, assim como os documentos relativos a preparação e realização do oitavo Congresso Extraordinário do Partido.

Esta reunião vai convocar o oitavo Congresso Extraordinário, indicar os dias da sua realização, as bases gerais do conclave, o cronograma indicativo das acções a serem efectuadas, assim como a composição da Comissão Nacional Preparatória.

Os membros do Comité Central analisam igualmente a resolução sobre a extinção e criação de órgãos e organismos do Partido nas três novas províncias, além dos municípios e comunas, resultantes da nova divisão político-administrativa do país.

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