INDEPENDêNCIA

Setenta Chefes de Estado nas comemorações dos 50 anos da Independência

Adão de Almeida - Ministro de Estado - DR
Adão de Almeida - Ministro de EstadoImagem: DR

18/10/2024 11h04

Luanda - Pelo menos 70 Chefes de Estado e de Governo serão convidados para o acto central das comemorações dos 50 anos da Independência Nacional, a assinalar-se a 11 de Novembro do próximo ano, revelou, esta quinta-feira, em Luanda, o ministro de Estado e Chefe da Casa Civil do Presidente da República, Adão de Almeida.

Em declarações à imprensa, no final da quarta reunião extraordinária do Conselho de Ministros, orientada pelo Presidente da República, João Lourenço, o ministro de Estado esclareceu que as actividades comemorativas iniciam a 11 de Novembro do corrente ano e prolongam-se até Dezembro de 2025.

O Executivo entende que, por se tratar de um marco importante da história, deve haver uma grande jornada de mobilização nacional, adiantou Adão de Almeida, sublinhando que se espera dignificar e honrar o grande legado que é a Independência Nacional e proceder-se a uma reflexão sobre o futuro que se quer construir.

De acordo com Adão de Almeida, o ponto mais alto das celebrações será o acto central, no dia 11 de Novembro de 2025, com uma intervenção política do Chefe de Estado angolano e um desfile cívico, com participação de milhares de cidadãos representativos dos mais diferentes segmentos da sociedade, bem como um desfile militar, em que participam todos os ramos das Forças Armadas Angolanas (FAA) e da Polícia Nacional.

Revelou que prevê-se a participação, no acto central, de aproximadamente oito mil convidados, entre nacionais representativos de todas as províncias do país e estrangeiros, entre os quais pelo menos 70 Chefes de Estado e de Governo e outros altos representantes de diversos países.

O programa geral das comemorações inclui a realização de um vasto conjunto de actividades, num total de 115 acções, entre seminários, colóquios e inaugurações de infra-estruturas, a serem desenvolvidas pelos departamentos ministeriais.

Adão de Almeida adiantou que os Governos Provinciais e as Administrações Municipais estão orientados a executarem programas de actividades específicas, ao mesmo tempo que as missões diplomáticas e consulares de Angola devem promover, durante o período das celebrações, actos com a participação dos cidadãos angolanos que residem nos respectivos países.

As celebrações são desde as actos de reflexão e de balanço, a um vasto conjunto de actividades culturais, desportivas e de âmbito político, acrescentou o ministro de Estado e chefe da Casa Civil do Presidente da República.

Disse que as celebrações incluem também momentos de homenagens e condecorações de angolanos que, ao longo dos 50 anos e mesmo antes do assinalar da data, deram um contributo importante para a conquista e manutenção da Independência, mas também foram determinantes para a paz e a afirmação da Angola, nos mais diferentes domínios.

“Vai acontecer um programa específico para a condecoração de cidadãos angolanos e, eventualmente, alguns estrangeiros, em relação aos quais se reconhece este mérito e contributo relevante para a nossa História”, enfatizou.

Adão de Almeida anunciou estar a ser preparado um ambicioso programa de inaugurações de infra-estruturas, tendo a reunião do Conselho de Ministros feito um programa preliminar sobre a matéria e uma reflexão do trabalho a ser desenvolvido, para que o conjunto de empreendimentos possam estar disponíveis. 

Sob administração central, a serem desenvolvidas pelos departamentos ministeriais, Adão de Almeida admitiu que o número de empreendimentos pode chegar a 100, mas salientou que os números podem sofrer alteração, em função do andamento dos vários projectos.

O ministro de Estado e chefe da Casa Civil do Presidente da República assegurou que o programa geral das comemorações não vai ter um orçamento extraordinário, esclarecendo "a temática do orçamento das celebrações das cinco décadas de Independência do país não é vista à margem do OGE", e que as actividades previstas vão acontecer no quadro do orçamento de cada sector.

“Há um conjunto de acções que são rotineiras, no sentido do que se realiza anualmente nos mais diferentes domínios”, explicou, em resposta a uma questão sobre o valor do orçamento das celebrações, para em seguida exemplificar que, no caso da festa do Carnaval, que são rotineiras, vão acontecer no próximo ano sob o signo de uma edição especial, em alusão aos 50 anos da independência.

“Não estamos a prever uma dinâmica orçamental extraordinária à margem do habitual, mas a fazer uma conversão das actividades anuais dos sectores, para aliar às celebrações dos 50 anos da Independência Nacional”, enfatizou Adão de Almeida.

As festividades dos 50 anos da Independência Nacional vão decorrer sob o lema "Angola 50 Anos: Preservar e Valorizar as Conquistas Alcançadas, Construindo um Futuro Melhor”.

O Conselho de Ministros apreciou igualmente o Plano de Comunicação sobre as actividades dos 50 anos, que inclui acções de promoção, visibilidade, marketing, comunicação e mobilização, assim como visa fortalecer a afirmação de Angola como país de vocação de paz e politicamente estável, divulgar a cultura nacional e  promover e incentivar o turismo.

O evento vai enaltecer as personalidades relevantes da história de Angola, antes e depois da Independência, engajar a diáspora angolana e os parceiros internacionais, promover o patriotismo e o orgulho de ser angolano, destacar o legado político dos protagonistas da Independência e os Heróis Nacionais, assim como o papel de Angola na libertação da África Austral e a contribuição na manutenção da paz em África.

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