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Presidente da República destaca seriedade de Angola com o seu programa de acção climática

PR discursa na cimeira do G20
PR discursa na cimeira do G20 Imagens: CIPRA

Redacção

Publicado às 11h47 20/11/2024 - Actualizado às 11h55 20/11/2024

Rio de Janeiro - O Presidente da República, João Lourenço, afirmou, esta terça-feira, no Rio de Janeiro, Brasil, que Angola leva muito a sério o seu programa de acção climática, para contribuir efectivamente na redução dos efeitos adversos da poluição ambiental.

Ao discursar na décima nona Cimeira do G20, no tema sobre “Desenvolvimento Sustentável e Transição”, que decorreu desde segunda-feira, destacou que o país trabalha “aturadamente para modificar a sua matriz de produção de energia eléctrica, evoluindo para fontes limpas”.

Revelou que 64 por cento da energia que o país produz já é gerada por fontes limpas, sendo 60 por cento proveniente de barragens hidroeléctricas e os restantes quatro por cento de parques de painéis fotovoltaicos de energia solar.

“Este esforço faz parte da contribuição de Angola para que, através de mecanismos funcionais de promoção da transição energética, possamos cumprir e respeitar os entendimentos internacionais sobre esta matéria, com especial ênfase para o Acordo de Paris sobre as Alterações Climáticas”, salientou.

Deu a conhecer que Angola trabalha na aprovação de uma estratégia sobre a electro mobilidade, a exploração responsável de hidrocarbonetos e a descarbonização do sector petrolífero, assegurando que o país quer ampliar o alcance da sua contribuição para garantir a transição energética na África Austral, disponibilizando os excedentes da sua produção de energia limpa aos países da região, com engajamento do sector privado, em parcerias público-privadas.

João Lourenço considerou que a adopção de leis com efeito supra-nacional que limitam a indústria extractiva, com destaque para a produção de petróleo, deve merecer uma abordagem equilibrada e realista “para não se cair em soluções extremas”, que “acabariam por criar dificuldades de toda a índole, afectando os esforços de desenvolvimento dos países mais carenciados” e agravar a situação de pobreza das populações.

Apelo a uma maior sensibilidade na luta contra as alterações climáticas

Numa outra vertente, o Presidente João Lourenço apelou para uma maior sensibilidade dos parceiros internacionais com reconhecida robustez financeira, tecnológica e científica, para que se engajem mais na luta contra as alterações climáticas.

Disse ser necessário que os mesmos façam subvenções adicionais, distintas da ajuda pública ao desenvolvimento, não devendo prejudicar a assistência a outras necessidades ligadas ao crescimento económico e ao progresso.

“Países que estão em processo de crescimento e desenvolvimento necessitam de um apoio adequado, consistente e atempado, através da disponibilização de recursos financeiros e de tecnologias que lhes permitam fazer face à desertificação, à degradação dos solos, à seca e a outros fenómenos críticos que afectam a implementação bem-sucedida de programas de adaptação e mitigação dos efeitos decorrentes das alterações climáticas”, enfatizou João Lourenço.

Salientou que a realização de tal esforço de maneira partilhada possibilitará enfrentar o sério problema da degradação ambiental, que vai provocando efeitos devastadores, como o ocorrido recentemente em Espanha, nos EUA, na Itália ou em Angola, na região Sul.

Recordou que os esforços para se garantir o desenvolvimento sustentável não deve estar desassociado de outros factores, como a dívida externa, por vezes incomportável e que fragiliza a capacidade de intervenção de algumas nações.

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