Luanda - O Presidente da República, João Lourenço, conferiu posse, esta sexta-feira, em Luanda, os ministros da Agricultura e Florestas, Isaac dos Anjos, e do Ensino Superior, Ciência, Tecnologias e Inovação, Albano Ferreira.

Aos empossados, João Lourenço, exortou a realização a abandonarem os gabinetes e manterem contacto directo com a realidade dos seus ministérios, enfatizando que "uma visita ao terreno vale mais do que ler dez relatórios sobre um mesmo problema".

Em relação a agricultura e florestas, o Presidente da República referiu que o país tem, praticamente, tudo para dar certo neste domínio, por dispor de terras aráveis, água abundante, bom clima, gente com vontade de trabalhar, sobretudo as famílias do campo, tendo salientado a grande lição (das famílias do campo), relativamente a produção.

“A agricultura familiar está a crescer a olhos vistos. Já existe muita produção no campo de, praticamente, todos os bens essenciais ao consumo humano”, realçou João Lourenço, reforçando ser necessário, agora, uma melhor organização e criação de políticas que possam maximizar os recursos disponíveis no sector.

João Lourenço encorajou Isaac dos Anjos, que volta ao ministério 27 anos depois, a imprimir mais dinamismo ao sector, sobretudo nesta altura em que muito se fala da necessidade do combate à fome e à miséria e da necessidade de garantir a segurança alimentar nacional.

“O que nós esperámos de si é que tenha em mente a necessidade de sermos mais ambiciosos neste domínio da agricultura”, ressaltou, adiantando que, com a conclusão das fábricas de fertilizantes, no Soyo, província do Zaíre, e de vacina animal, no Huambo, estarão criadas as condições para o país dispor do essencial para dar o tão esperado salto na produção agrícola.

Destacou o esforço que o Executivo está a fazer para levar água, em abundância, no Sul do país, nomeadamente nas províncias da Huíla, Cunene e Namibe, com projectos caros destinados a acumular e distribuir milhões de metros cúbicos de água e orientou o ministro da Agricultura e Florestas a tirar o máximo proveito dos mesmos, "transformando os seus milhões de metros cúbicos de água em alimentos". 

Ao dirigir-se a Albano Ferreira, o Presidente da República orientou que seja desenvolvido trabalho no sentido de o país dispor de um ensino superior público de qualidade e exigente, que não se limite a emitir diplomas, mas que seja capaz de formar, de facto, os jovens angolanos que acorrem a este sistema de ensino.

João Lourenço orientou igualmente que seja feito um diagnóstico sobre o sector, a fim de identificar os pontos fracos, onde há necessidade de melhorar, para, depois, apresentar propostas concretas do que entende ser necessário fazer-se para o alcance deste desiderato.

Isaac dos Anjos apontou como uma das prioridades do seu consulado a promoção e aceleração do sector, dando oportunidade para a agricultura crescer.

Disse que vai mudar a retórica e fazer com que a agricultura seja a arte de enriquecer alegremente.

Por sua vez, o ministro do Ensino Superior, Ciência, Tecnologia e Inovação disse que vai dedicar maior atenção ao reforço do funcionamento das instituições públicas do ensino superior, olhando para os aspectos ligados à actividade e ao reforço da qualidade do ensino e aprendizagem, sem descurar áreas críticas, como as infra-estruturas e o suporte laboratorial.

O Presidente da República conferiu, igualmente, posse aos vice-governadores para os Serviços Técnicos e Infra-Estruturas das províncias de Cabinda e de Luanda, Juliano Cuabi Niongue Capita e Calunga Francisco Zage Quissanga, respectivamente.