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Sete deputados do Grupo Parlamentar da UNITA deixam Assembleia Nacional

Abel Chivukuvuku
Abel Chivukuvuku Imagens: CIPRA

Redacção

Publicado às 12h03 17/01/2025

Luanda - Sete deputados do Grupo Parlamentar da UNITA, que integram o recém-legalizado partido PRA-JA Servir Angola, pediram, esta quarta-feira, a suspensão dos seus mandatos, à presidente da Assembleia Nacional, Carolina Cerqueira.

Entre os deputados está o actual coordenador geral do partido PRA-JA Servir Angola, Abel Chivukuvuku, que reiterou que a imposição legal para suspensão dos mandatos não tem qualquer ligação com a participação da formação política na Frente Patriótica Unida (FPU), que deve ser reforçada e reformulada do ponto de vista legal, defendeu.

Após a legalização do PRA-JA - Servir Angola, Abel Chivukuvuku já tinha dito que quem quisesse integrar os órgãos do partido teria de deixar o Parlamento.

O Secretariado Nacional para Comunicação e Marketing do PRA-JA justificou a decisão com a legislação vigente, que proíbe que um deputado eleito numa lista, se filie a outro partido diferente daquele que o elegeu.

Nesta quinta-feira, Abel Chivukuku apresentou cumprimentos de despedida à Presidente da Assembleia Nacional, Carolina Cerqueira, tendo sublinhado que "ninguém foi obrigado a nada, ninguém foi coagido, a lógica foi quem quer ficar nos órgãos do PRA-JA sai do Parlamento, quem quer ficar no Parlamento fica, mas não vai para os órgãos do PRA-JA".

Quanto ao futuro da FPU, integrada também pela UNITA e pelo Bloco Democrático (BD), Abel Chivukuvuku disse que "primeiro somos PRA-JA e também pertencemos à Frente Patriótica Unida".

Quanto à sua presença na Frente, o líder do PRA-JA reiterou que a sua posição está assente em quatro pilares, nomeadamente "manter a Frente Patriótica Unida, reforçar, reformular e, se necessário, alargar".

"A Frente Patriótica não pode ser só uma ideia, uma visão, tem de ser um exercício formal, na verdade, uma coligação formal, portanto, nós mantemos discussões, mantemos conversa, temos trabalho conjunto, o conceito de reformulação tem a ver com dar à Frente Patriótica um estatuto legal", explicou Abel Chivukuvuku, advertindo que há encontrar uma solução porque, caso contrário, "o Bloco Democrático não pode concorrer connosco e seria automaticamente extinto".

O congresso do PRA-JA, de acordo com o seu coordenador geral, está agendado para o primeiro semestre do corrente ano, e prevê o início da campanha eleitoral para as legislativas de 2027 no segundo semestre de 2026.

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