DIPLOMACIA

Presidência da União Africana vai ser com diálogo e respeito revela Chefe de Estado

Presidente da República, João Lourenço - DR
Presidente da República, João LourençoImagem: DR

14/01/2025 18h52

Luanda – O Chefe de Estado angolano, João Lourenço, revelou, esta terça-feira, em Luanda que a sua estratégia como Presidente da União Africana vai basear-se no diálogo com todos e no respeito ao estabelecido pela organização continental.

João Lourenço falava aos jornalistas, numa conferência de imprensa, com o seu homólogo da Guiné Equatorial, Teodoro Obiang Nguema, que esteve de visita a Angola, desde segunda-feira última.

O estadista angolano adiantou que "vamos procurar resolver os graves problemas que o continente africano enfrenta, começando pela instabilidade política, guerras, terrorismos e tomadas de poder por vias inconstitucionais”, por serem questões contrárias “ao desenvolvimento económico e social das populações africanas".

Enfatizou que “sem paz, sem estabilidade, não há desenvolvimento económico e, consequentemente, não há solução para os problemas sociais das populações sofridas do continente”.

Em relação as relações bilaterais com a Guiné Equatorial, o Presidente angolano reafirmou o seu empenho para que as mesmas se reforcem, salientando os laços históricos existentes entre os dois países e o facto de serem membros das comunidades dos Países de Língua Oficial Portuguesa (CPLP) e Económica dos Estados da África Central (CEEAC).

João Lourenço frisou que a proximidade entre os dois países é vantajosa para o incremento e fortalecimento da parceria, realçando que Angola e a Guiné Equatorial distam cerca de duas horas de avião, ambos fazem parte do Golfo da Guiné e são banhados pelo mesmo oceano, o Atlântico.

Sobre as perspectivas de cooperação entre Angola e a Guiné Equatorial, assinalou que existe ainda muito potencial, prognosticando que o futuro é risonho e as perspectivas são boas, “dependendo da vontade dos homens, dos governantes, mas também das populações dos dois países”.

Questionado sobre a possibilidade de voos directos entre Luanda e Malabo e vice-versa, João Lourenço garantiu que a "luz verde está acesa" e cabe aos ministros do sector dos dois países “desenvolverem todas as possibilidades de cooperação no domínio aeronáutico”.

Recordou que África tem um grande défice de ligações entre os seus países, não só no domínio aéreo, como marítimo, fluvial, ferroviário e rodoviário, reconhecendo que o continente africano tem poucas companhias aéreas que, por si só, não têm sido capazes de interligar os países africanos.

João Lourenço lembrou a realização, em 2022, da reunião da Comissão Mista Bilateral e os vários acordos que têm sido assinados, incluindo os três rubricados, esta terça-feira, em Luanda, nos domínios da agricultura e florestas, formação em língua portuguesa e na área aeronáutica.

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