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Ministro de Estado e Chefe da Casa Militar apela à prontidão para desafios emergentes

Ministro de Estado e Chefe da Casa Militar, Francisco Furtado
Ministro de Estado e Chefe da Casa Militar, Francisco Furtado Imagens: undefined

Redacção

Publicado às 12h41 07/02/2025 - Actualizado às 12h41 07/02/2025

Luanda - O ministro de Estado e chefe da Casa Militar do Presidente da República, Francisco Pereira Furtado, manifestou, quinta-feira, preocupação face à crescente instabilidade geopolítica no continente africano, alertando para a necessidade de uma maior preparação das forças de defesa e segurança para enfrentar os desafios emergentes.

 Segundo o JA Online, o governante fez o pronunciamento, em Luanda, durante a abertura da “Reunião das Chefias das Forças Armadas Angolanas 2025”.

Na ocasião, apelou à prontidão combativa das forças governamentais face à escalada de conflitos em várias partes de África, muitos dos quais impulsionados por interesses externos e por ambições internas de tomada de poder por vias inconstitucionais, como golpes de Estado e insurreições populares.

“Angola mantém uma postura de firme repúdio a estas práticas, reforçando a necessidade das Forças Armadas permanecerem em estado de prontidão”, afirmou.

Salientou a importância da manutenção da soberania e da ordem constitucional, face ao agravamento dos conflitos no continente, sendo que a defesa do país não passa simplesmente por empunhar armas, mas também pelo combate aos crimes económicos e financeiros, ao tráfico de seres humanos, à cibercriminalidade e à imigração ilegal.

O ministro de Estado e chefe da Casa Militar do Presidente da República evocou o papel de Angola na busca de soluções pacíficas, particularmente na Região dos Grandes Lagos, onde a violência no Leste da República Democrática do Congo (RDC) continua a ameaçar a segurança regional.

Neste capítulo, salientou a necessidade de reforçar a preparação das forças militares, apostando na modernização de equipamentos e no aperfeiçoamento das estratégias de defesa.

Enfatizou ainda o papel das Forças Armadas Angolanas em missões de paz e assistência humanitária sob a égide de organizações como a União Africana (UA), a Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral (SADC) e a Comunidade Económica dos Estados da África Central (CEEAC).

Além da defesa nacional, elogiou a actuação conjunta das FAA e da Polícia Nacional no combate ao vandalismo e na protecção dos bens públicos. “Devemos continuar nesta senda, reforçando a cooperação no combate à criminalidade e outras ameaças à ordem pública”, sublinhou.

Sobre a instabilidade na República Democrática do Congo, realçou o papel do Chefe de Estado angolano, João Lourenço, enquanto Presidente em exercício da Conferência Internacional sobre a Região dos Grandes Lagos (CIRGL) e prestes a assumir a presidência rotativa da União Africana, nos esforços diplomáticos para a resolução do conflito no país vizinho.

Francisco Furtado reiterou a posição do Executivo angolano de que o diálogo é a única via para garantir a segurança e estabilidade na região. “Devemos trabalhar unidos na remoção dos obstáculos que ameaçam o Roteiro de Paz de Luanda”, disse, apelando ao reforço dos mecanismos de verificação e controlo que obriguem grupos como o M23 e outros actores armados a cumprirem os acordos estabelecidos.

Por outro lado, falou da necessidade de uma aposta contínua na formação dos efectivos, na educação patriótica e na disciplina dentro das forças de defesa e segurança.

“Temos a sublime missão de incutir nos militares os valores e princípios da organização castrense, que os diferenciem e os tornem mais fortes para enfrentar os desafios nos momentos de maior adversidade”, afirmou.

O encontro reforçou o compromisso das Forças Armadas Angolanas (FAA) com a estabilidade e segurança de Angola, num momento em que o país se posiciona como um factor-chave na resolução de conflitos na região.

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