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Batalha de Cuito Cuanavale marco incontornável na luta contra o Apartheid

Memorial da Batalha do Cuito Cuanavale
Memorial da Batalha do Cuito Cuanavale Imagens: DR

Redacção

Publicado às 12h53 25/03/2025 - Actualizado às 12h54 25/03/2025

Luanda - O ministro angolano das Relações Exteriores, Téte António, enalteceu o papel decisivo das forças angolanas, da SWAPO, do ANC e do apoio internacionalista de Cuba, que, em conjunto, enfrentaram e derrotaram o regime racista que vigorava na África do Sul, o que acelerou o colapso do Apartheid.

Ao presidir, esta segunda-feira, em Luanda, o acto de celebração do Dia da Libertação da África Austral, que se assinala anualmente a 23 de Março, Téte António recordou a relevância histórica da Batalha do Cuito Cuanavale, como um marco incontornável na Luta contra o Apartheid e na conquista da independência da Namíbia e libertação da África do Sul do regime racista.

Sublinhou que a institucionalização do Dia da Libertação da África Austral, pela Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC), representa o reconhecimento do valor simbólico e estratégico da vitória no Cuito Cuanavale, em Angola, consolidando a unidade e identidade dos povos da região.

Téte António reiterou o compromisso de Angola com a prevenção e resolução de conflitos no continente, lançando um apelo à cessação das hostilidades que afectam diversas regiões de África, e enfatizou a necessidade de converter a paz conquistada num alicerce para o desenvolvimento sustentável do continente.

A efeméride é celebrada anualmente a 23 de Março para homenagear a Batalha do Cuito Cuanavale, que foi o maior confronto militar, ocorrido em território angolano, durante a guerra civil.

A cerimónia visou promover a divulgação pedagógica dos confrontos armados de Cuito Cuanavale, reforçar a transmissão de testemunhos dos protagonistas que participaram directamente na batalha e acompanhar a implementação da decisão da SADC, de Agosto de 2018, que realça a importância do reconhecimento do acontecimento histórico.

O acto de celebração congregou, entre outras personalidades, membros do Executivo, corpo diplomático acreditado em Angola, oficiais generais das Forças Armadas Angolanas, veteranos da pátria, académicos e jornalistas, assim como dirigentes de partidos políticos. 

O programa do evento contemplou uma mesa redonda moderada por Matias Pires, director do Gabinete de Estudos e Análises Estratégicas do Ministério das Relações Exteriores, que debateu os temas “A Batalha do Cuito Cuanavale: Lições para o presente e o futuro da região Austral de África”, apresentado pelo general Fernando Armando Mateus, e “A geopolítica da África Austral e os desafios de integração e desenvolvimento regionais”, com prelecção do professor José Moma.

“Perspectivas e desafios do crescimento económico da África Austral” foi outro tema abordado durante a mesa-redonda, tendo como prelector Fernando Vunge, coordenador regional da zona norte do banco Yetu.

Os combates no Cuito Cuanavale (1987-1988) envolveu as antigas Forças Angolanas Populares de Libertação de Angola (FAPLA), predecessoras das FAA, as Forças Armadas de Libertação de Angola, que foi o braço armado da UNITA, as Forças Armadas da África do Sul (SADF) e as Forças Armadas Revolucionárias de Cuba (FAR). 

Dada a relevância histórica, sob proposta de Angola, a SADC adoptou o 23 de Março como data de comemoração do Dia da Libertação da África Austral, reflectindo a coragem e determinação na conquista da independência da Namíbia e a erradicação do regime do Apartheid na África do Sul, esclarece um comunicado de imprensa do Ministério das Relações Exteriores. 

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