PARLAMENTO
PR analisa conflitos na região dos Grandes Lagos

24/04/2025 10h29
Luanda - O Presidente da República, João Lourenço, analisou a situação dos conflitos que afectam a República Democrática do Congo (RDC), Sudão, Sudão do Sul e República Centro-Africana (RCA) com os líderes parlamentares do Fórum Parlamentar da Conferência Internacional sobre a Região dos Grandes Lagos (FP-CIRGL).
Em declarações à imprensa, depois da audiência, esta quarta-feira, em Luanda, a presidente em exercício do FP-CIRGL, Nelly Mutti, disse que no encontro com o Presidente angolano foram abordadas questões de segurança, violência e conflito na região, sobretudo aquele que persiste no Leste da RDC.
Sublinhou ter sido prudente, como parlamentares, reportar ao estadista angolano, igualmente Presidente da cimeira da CIRGL, e remeter ao mesmo um relatório, na medida em que os parlamentares delineiam algumas recomendações, que julgam ser a melhor maneira de se poder lidar com a crise de insegurança na região, principalmente no Leste da República Democrática do Congo.
Para os parlamentares da CIRGL, sublinhou Nelly Mutti, de nacionalidade zambiana, a paz na região é de grande importância, advogando a necessidade de trabalho conjunto para manter a estabilidade, juntando as partes beligerantes à mesa de negociações para que se possam entender.
Defendeu que, tal como advoga o Presidente João Lourenço, há necessidade de os Estados-membros encontrarem soluções africanas, e, sobretudo, que “ninguém fique de fora” ou espere que venham outros para resolver os problemas de África.
“Somos irmãos e irmãs e devemos trabalhar em conjunto. A única coisa que nos separa são as fronteiras artificiais colocadas pelos colonialistas, que parece, a meu ver, respeitamos mais do que outra coisa. Mas nós, como irmãos, estamos condenados a viver em harmonia, a viver em conjunto e em paz”, enfatizou a presidente em exercício do FP-CIRGL.
Exaltou o tema defendido na décima quinta Assembleia Plenária do Fórum Parlamentar da CIRGL, que se realiza esta semana em Luanda, que se prende com a inclusão, enfatizando que a decisão de os parlamentos serem inclusivos visa garantir que se tenha uma representação de género nas posições de decisão.
Recordou que recebeu o testemunho de presidente em exercício da organização da sua homóloga do parlamento do Sudão do Sul, e espera entregar a presidência agora a presidente da Assembleia Nacional de Angola, Carolina Cerqueira.