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Angola reúne investidores para desenvolver o turismo em Okavango

Angola reúne potenciais investidores para o Okavango
Angola reúne potenciais investidores para o Okavango Imagens: NG

Redacção

Publicado às 10h33 17/01/2024

Luanda – O primeiro Fórum dos Investidores da região angolana do Okavango decorre de 17 a 22 do corrente mês, na cidade de Menongue, província do Cuando Cubango, com a participação de mais de 200 pessoas, entre peritos, financiadores e empreendedores ligados ao sector do turismo.

Sobre o evento, o ministro da Cultura e Turismo, Filipe Zau, afirmou, terça-feira, que, com a realização deste fórum, espera-se, uma melhoria no ambiente de negócios e atracção de investimentos para o desenvolvimento turístico da região angolana do Okavango.

O ministro, que está em Menongue para participar no evento, disse à imprensa que o desafio que se afigura para o Cuando Cubango passa pela atracção de investidores nacionais e estrangeiros do ramo turístico e cultural, para que, no futuro, região do Okavango, em território angolano, seja também um importante destino turístico, como já ocorre em alguns países limítrofes.

Neste contexto, segundo Filipe Zau, Angola terá benefícios porque, além da contribuição do sector turístico ao processo da diversificação da economia do país, destaca-se também a oportunidade da criação de muitos empregos para os jovens.

Ao se debruçar sobre a acomodação, o titular da pasta do turismo em Angola disse que “hoje em dia, maior parte das pessoas já não se interessam por grandes hotéis, mas sim ver a natureza, animais e ter o contacto mais directo com a população.”

Para o governante, “não é só pelos hotéis que se faz o turismo, mas, através do caravanismo, campismo e a observação de pássaros, bem como o turismo de aventura, onde os turistas podem escalar Angola por bicicletas, contactando as pessoas”.

Felipe Zau recordou que Angola nunca teve tradição em turismo, uma vez que, no tempo colonial, para se vir ao país era necessária uma “carta de chamada”, situação agudizada com a guerra civil, pós-independência, impossibilitando a criação de condições para se apostar no sector, de forma decisiva.

As províncias do Bié, Cunene, Moxico, Huíla e Huambo, a par do Cuando Cubango, em Angola, fazem parte da região do Okavango menos conhecida, daí o interesse dos turísticas de alto-rendimento em descobrir os atractivos naturais e culturais lá existentes, segundo peritos do sector.

Angola faz parte do projecto da Área Transfronteiriça de Conservação do Okavango Zambeze (KAZA), que também integra outros países da região, nomeadamente, o Botswana, Namíbia, Zâmbia e Zimbabwé.

O projecto KAZA, com uma área de 90 mil quilómetros quadrados, desenvolve acções no âmbito do ecoturismo, visando propiciar o desenvolvimento do turismo regional, pelo que exige uma série de infra-estruturas integradas, como, por exemplo, estradas.

O projecto carece ainda de instalação de infra-estruturas hoteleiras, como é o caso de Lodges, parques de campismo e estruturas de fornecimento logístico, como rede de abastecimento de combustíveis e lubrificantes, saúde, banca, seguro e transportes.

De acordo com especialistas, a falta de acessos constitui também uma das principais barreiras para a dinamização de programas turísticos do lado de Angola, pelo que, sem isso, será difícil alcançar o desenvolvimento fluído do turismo na região angolana do Okavango.

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