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Navio angolano de investigação científica regressa a Angola em Abril

Navio angolano Baía Farta
Navio angolano Baía Farta Imagens: Angop

Redacção

Publicado às 13h17 21/02/2024

Luanda – O Navio oceanográfico angolano de investigação científica Baía Farta, que se encontra na África do Sul para reparação de algumas anomalias, deverá regressar ao país no próximo mês de Abril, anunciou  terça-feira, em Luanda, a ministra das Pescas e Recursos Marinhos, Carmen dos Santos.

Falando à imprensa, à margem da reunião do projecto ‘SADC Atlântico’, a governante assegurou que a inconformidade do navio está praticamente superada e dentro de um mês o aparelho estará de regresso a Angola.

“A anomalia do Baía Farta tinha, essencialmente, a ver com o problema da sonda necessária para fazer as medições ambientais, mas felizmente esta inconformidade já foi sanada e brevemente teremos o navio de volta ao país”, assegurou.

 Entre várias vantagens da embarcação, destaca-se a sistematização da informação e melhoria substancial da gestão dos recursos marinhos, bem como o reforço das más práticas dentro do ordenamento pesqueiro angolano, com vista a garantir uma pesca sustentável.

Adicionalmente, o Baía Farta é um navio de investigação pesqueira e oceanográfica, com capacidade para realizar a monitorização dos recursos pesqueiros, investigação de ecossistemas e levantamentos hidrográficos e geológicos.

O navio de investigação, que chegou em Angola em 2018, abarca distintas valências, nomeadamente sofisticação, científica e tecnologia, dispositivos de pesquisa de ocorrência de micro plásticos e instalação de um sistema organizado de lota (infra-estruturas implantadas em terra, na área de um porto de pesca ou em zona ribeirinha para comercialização do pescado).

Actualmente, o navio científico mantém-se atracado em Cape Town, na África do Sul, onde a empresa responsável (Damen) pela reparação tem o seu estaleiro.

Após a sua chegada ao país, em 2018, a embarcação foi submetida à primeira fase de testes/provas do mar, decorrida de 1 a 8 de Abril de 2021, nas águas oceânicas nacionais e internacionais, para aferir a superação das inconformidades e avarias detectadas ao longo do percurso Roménia (país de origem)/Angola, um ensaio que foi bem sucedida.

Na sequência, o Baía Farta efectuou o seu segundo cruzeiro científico em Angola, em Julho de 2021, uma operação que foi suspensa, por tempo indeterminado, para afinação/calibragem de equipamentos periféricos do navio.

Essa anomalia surgiu após o primeiro cruzeiro de arrasto demersal (pesca de espécies no fundo do mar, como os esparídeos, corvinas, roncadores, garoupas e outras tipologias de cardume de interesse comercial, realizado de 25 de Maio a 3 Junho de 2021, na Região Norte do país.

No entanto, desde 2021 até à presente data, o aparelho continua parado para reparação das referidas inconformidades.

Com um comprimento de 74,1 metros, o navio angolano tem capacidade para embarcar 51 pessoas (29 tripulantes e 22 cientistas) e uma autonomia de 29 dias no mar.

O navio orçado em cerca 80 milhões de dólares norte-americanos, dispõe de uma sala acústica, quatro laboratórios, um ginásio, camarotes duplos, cozinha, área de serviço com 15 monitores de comando e três computadores para o comando do Sonar (aparelho electrónico utilizado, geralmente, na navegação naval, para medir a distância entre a superfície da água e o fundo marinho).

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