Luanda - O 1º Congresso de Bancos de Leite Humano da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), com foco na segurança alimentar e nutricional para recém-nascidos de risco e lactentes, que decorre em Luanda, entrou hoje, quarta-feira, no seu penúltimo dia de trabalho.

O congresso promovido pelos governos de Angola e do Brasil em parceria com o Secretariado Executivo da CPLP, decorre em formato presencial e híbrido.

No discurso de abertura, na terça-feira, a ministra de estado para área social, Dalva Ringote, realçou que o congresso acontece num mês oportuno em que se assinala o 19 de Maio, dia mundial da doação de leite humano, e um momento certo para homenagear as mães dadoras pela compaixão e generosidade para com a vida de neonatos doentes e prematuros, que necessitando de leite humano por alguma situação médica, não podem ser alimentados pelas próprias mães.

O Banco de Leite Humano da maternidade Lucrécia Paim, o único no País, conta com mil oitocentos e duas dadoras que geraram mais de trezentos mil litros de leite, que já beneficiaram duas mil duzentos e vinte e seis crianças, quantidade que serve apenas para amamentar os recém-nascidos da referida unidade materno-infantil, segundo informou a directora da maternidade Lucrécia Paim, Lígia Alves.

De acordo com dados apresentados pela coordenadora do Banco de Leite Humano no país, Elisa Gaspar, Angola tornou-se no quarto Estado-membro da CPLP a implementar um centro de colecta de leite humano, depois do Brasil, Cabo-Verde e Moçambique.

Elisa Gaspar apelou as mães a dirigirem-se a maternidade Lucrécia Paim afim de doarem o leite de modos a ajudarem na redução da mortalidade infantil em todo mundo.

O Brasil lidera a maior e mais complexa rede de Bancos de Leite Humano do mundo, conhecida por combinar baixo custo com alta qualidade e tecnologia.